Começou às 16 horas desta sexta-feira (30) uma audiência de conciliação entre rodoviários e empresas a fim de evitar a paralisação marcada para a zero hora da próxima segunda-feira (2).
A reunião ocorre na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo com a presença dos representantes do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Espírito Santo.
A categoria publicou o edital de greve nesta quinta-feira (29), cumprindo o prazo determinado por lei de publicação com antecedência de 72 horas ao movimento. Os empresários, no entanto, acionaram a Justiça para a manutenção de 100% da frota programada de ônibus na próxima segunda-feira (03).
A ação pede, também, caso não seja mantida a totalidade dos ônibus, que seja determinado o percentual de 90% da frota programada para os horários de pico, entre 6h e 9h, bem como das 17h às 20h e nos demais horários com o mínimo de 70% da frota programada.
A expectativa é que a decisão da Justiça seja proferida ainda nesta sexta-feira (30). O relator do processo é o desembargador José Luís Serafini.
JUSTIÇA VAI DECIDIR QUANTIDADE DE ÔNIBUS
A GVBus e o Setpes entraram na Justiça nesta quinta-feira (29) para a manutenção de 100% da frota programada de ônibus na próxima segunda-feira (03). A ação, que tramita no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), pede, também, caso não seja mantida a totalidade dos ônibus, que seja determinado o percentual de 90% da frota programada para os horários de pico, entre 6h e 9h da manhã, bem como das 17h às 20h e nos demais horários com o mínimo de 70% da frota programada. A expectativa é que a decisão da Justiça seja proferida no início da tarde desta sexta-feira (30). O relator do processo é o desembargador José Luís Serafini.
A petição, feita pelo Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) em conjunto com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes), diz ainda que "outro ponto de caráter necessário é que os veículos transitem com a integralidade da tripulação para aquelas linhas que demandem a utilização de cobrador, haja vista que atualmente é impossível o trânsito sem tal profissional".
"VAMOS RECORRER", DIZ ADVOGADO
Em entrevista ao Gazeta Online, o advogado do Sindirodoviários, Elton Borges, afirmou que está aguardando a manifestação da Justiça. "Se vier a decisão judicial, nós vamos cumpri-la, dentro do que for cabível. Vamos analisar, se couber recurso, para poder fazer o recurso nesse sentido. Se for uma decisão desfavorável ao movimento grevista, nós vamos recorrer. Estamos aguardando. Enquanto não vem a decisão, a greve continua".
POLÍCIAS NAS GARAGENS E NOS TERMINAIS
As portas das garagens das empresas de ônibus na Grande Vitória vão contar com reforço policial a partir da próxima segunda-feira (03), data prevista para início da paralisação dos rodoviários. De acordo com o Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Ramalho, as tropas especializada e preventiva estarão nas ruas, nos terminais e nas portas das garagens das empresas de transporte de passageiros para evitar piquetes, conflitos e para garantir a segurança e circulação dos ônibus e da população.
EDITAL DE GREVE
Nesta quinta, o sindicato dos rodoviários publicou um edital confirmando a paralisação de segunda. O documento, conforme determina a lei, deve ser publicado com 72 horas de antecedência à paralisação. Os rodoviários prometem cruzar os braços a partir da zero hora da próxima segunda-feira (3). No edital, é prometida, durante a paralisação, a circulação de 30% da frota dos ônibus que operam o sistema.
APROVAÇÃO
A aprovação pela greve ocorreu nesta terça-feira (27) após duas assembleias com os rodoviários. Eles não aceitaram a proposta dos patrões de reajuste linear de 2% nos salários, tíquete-alimentação e plano de saúde.
Os rodoviários pedem 4% de reajuste da inflação mais o ganho real. Atualmente, o salário dos motoristas é de R$ 2.228 e do cobrador é de R$ 1.150, o tíquete é de R$ 696. Já tivemos cinco reuniões e nada foi resolvido, a classe está insatisfeita, afirma o presidente do Sindirodoviários.
A paralisação vai afetar tanto os ônibus do Sistema Transcol quanto os municipais de Vitória e Vila Velha. Atualmente, cerca de 700 mil pessoas utilizam o transporte público todos os dias.
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