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Mais de 200 médicos cubanos podem deixar o Espírito Santo

Mais de 200 médicos cubanos podem deixar o Espírito Santo

Cuba anunciou que vai romper parceira do programa Mais Médicos após classificar declarações de Bolsonaro como "ameaçadoras e depreciativas"

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 20:59

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(Arquivo)

O governo de Cuba informou nesta quarta-feira que está saindo do programa social Mais Médicos no Brasil devido às declarações "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro, que anunciou mudanças "inaceitáveis" no projeto governamental. Cuba envia profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2013, quando o governo da então presidente Dilma Rousseff criou o programa para atender regiões carentes sem cobertura médica.

Ao todo, 219 médicos cubanos atuam no Espírito Santo, segundo dados de março do Ministério da Saúde. O maior número de profissionais de Cuba no Estado está no município da Serra.  São 30 médicos que trabalham nos postos de saúde da cidade. Em Cariacica são sete médicos, em Vila Velha são nove, em Viana seis e, na Capital, cinco médicos atuam nos postos. 

No interior do Estado, Cachoeiro de Itapemirim é o município com mais médicos cubanos. São 23 profissionais do país caribenho na cidade. 

O comunicado do governo cubano não diz a data em que os médicos cubanos deixarão de trabalhar no programa. "Diante desta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública (Minsap) de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa 'Mais Médicos' e assim o comunicou à diretoria da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa", anunciou a entidade em comunicado.

Cuba tomou a decisão de solicitar o retorno dos mais de 11 mil médicos cubanos que trabalham atualmente no Brasil depois que Bolsonaro questionou a preparação dos especialistas, condicionou sua permanência no programa "à revalidação do diploma" e impôs "como via única a contratação individual".

 

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