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Polícia Militar usa rede social para combater crimes no ES

Polícia Militar usa rede social para combater crimes no ES

Projeto iniciou na Serra e será implantado em Jardim Camburi, Vitória

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 02:00

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Moradores e policiais militares em um dos condomínio monitorados em Chácara Parreiral, na Serra. (Divulgação/PMES)

A tecnologia dos smartphones tem sido uma grande aliada no trabalho da polícia. Com o objetivo de estreitar laços com os moradores, grupos no WhatsApp estão sendo criados pela corporação para compartilhar informações de segurança pública. A iniciativa já funciona em oito bairros da Serra e deve começar a ser implantada em Jardim Camburi, na Capital, nos próximos dias.

Segundo o capitão Feletti, comandante da 2ª Companhia do 6º Batalhão, o projeto Rede Comunidade Segura começou no mês de agosto deste ano. Na Serra, os condomínios dos bairros Colina de Laranjeiras, Parque Residencial Laranjeiras, Morada de Laranjeiras, Camará, Guaraciaba, Chácara Parreiral, Santa Luzia e Valparaíso já fazem parte do projeto.

“Primeiro fizemos visitas tranquilizadoras nos prédios. Passamos a conhecer os síndicos, os moradores e os colaboradores dos condomínios. Depois, consegui criar um grande grupo no WhatsApp com 70 síndicos. Compartilhamos dicas de segurança e até telefones úteis da prefeitura porque se uma lâmpada fica queimada na rua, por exemplo, não é de responsabilidade da polícia, mas afeta na segurança”, explicou.

Ainda segundo Feletti, o projeto contribuiu para que os moradores compreendessem a importância da participação na segurança pública. “Se alguém saiu do prédio e viu uma pessoa com atitude suspeita, ela informa no grupo para as os vizinhos não serem vítimas”, explicou, reforçando que em casos de emergência o Ciodes, pelo número 190, ainda deve ser procurado.

A iniciativa gerou um sentimento de empatia nos bairros, de acordo com Feletti. “Quando passamos a conhecer as pessoas, nos sentimos responsáveis por elas. A comunidade passa a conhecer nosso trabalho e os policiais se aproximam dos moradores.”

VITÓRIA

Inspirado no trabalho que tem sido desenvolvido na Serra, o major Alves Christ, da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar de Jardim Camburi, decidiu aderir ao movimento. “Nosso objetivo é compartilhar informações como, por exemplo, quando soubermos de uma pessoa que está repassando notas de R$ 100 falsas. Vamos alertar os moradores para ficarem atentos quando pegarem as notas desse valor. Ou quando identificarmos uma moto que tem feito assaltos na região. Vamos passar as características do veículo e do suspeito para as pessoas tomarem cuidado”, explicou.

Aspas de citação

Vamos criar os grupos de acordo com as ruas. O condomínio que decidir aderir ao projeto vai ter uma placa de condomínio monitorado

Alves Christ, Major da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar de Jardim Camburi, em Vitória
Aspas de citação

Em Jardim Camburi são cerca de 60 mil moradores. Para organizar o projeto, o major explicou que os grupos vão ser feitos de acordo com as ruas do bairro. “Aquele condomínio que fizer parte do projeto vai ter uma placa de condomínio monitorado. Essa placa vai ser custeada pela própria administração do prédio.”

A proposta no bairro é ampliar o projeto para o comércio e as escolas.

Segundo o presidente da Associação de Moradores de Jardim Camburi, Enock Sampaio, a comunidade tem visto a iniciativa com bons olhos. “Essa proposta só tem a contribuir com a nossa segurança. Tentamos implantar algo parecido em 2013, mas não conseguimos apoio. Agora a iniciativa está partindo da polícia.”

Questionada se o projeto vai ser expandido para outros lugares, a PM disse que essa iniciativa é de cada comandante de Companhia e Companhia Independente.

APLICATIVO TEM "BOTÃO DO PÂNICO" PARA COMERCIANTES 

Um morador de Jardim Camburi, em Vitória, criou um aplicativo chamado de Help Comunidade para agilizar o acionamento da polícia em casos de assaltos ao comércio. Em casos de emergência, basta apertar o “botão do pânico” no celular que o dispositivo envia a localização exata da pessoa para uma central. A equipe do dispositivo, por sua vez, liga imediatamente para a polícia. A tecnologia vai estar disponível a partir da próxima quinta-feira.

“Trabalho com publicidade para o comércio e os empresários reclamavam que não dá tempo de chamar a polícia porque tem a demora de ligar para o Ciodes e responder todas aquelas perguntas”, disse o idealizador do aplicativo, Juninho Barbarioli, de 28 anos.

Juninho explicou que o projeto conta com a parceria da polícia. Quando há algum chamado, uma mensagem é enviada à plataforma do aplicativo com um link que mostra a localização da pessoa no Google Maps. Dessa forma, essa informação é repassada ao plantão da 12ª Companhia Independente da PM de Jardim Camburi.

O aplicativo, por enquanto, só está disponível para celulares com o sistema Android. Os interessados em adquirir a novidade devem entrar no site www.helpcomunidade.com.br que vai estar funcionando a partir de amanhã. O valor é de R$ 8 por mês.

Ainda segundo ele, na quinta-feira (8), a equipe do aplicativo vai fazer um mutirão no comércio de Jardim Camburi para apresentar a tecnologia. A expectativa é expandir o projeto para bairros como Praia do Canto e Jardim da Penha daqui a 30 dias.

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O major Alves Christ observou que o aplicativo não é da PM, mas agrega no trabalho da polícia já que agiliza o deslocamento de viaturas em casos de emergências.

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