Em entrevista à Rádio CBN Vitória, na manhã desta quarta-feira (14), o secretário de Prevenção, Combate à Violência e Trânsito de Vila Velha, coronel Oberacy Emmerich Júnior, falou sobre a influência das obras na Rodovia Leste-Oeste com os alagamentos que ocorreram na região de Cobilândia, no município, com as fortes chuvas da última semana. O coronel comentou também sobre o Plano de Contingência, que segundo ele, será discutido nesta quarta-feira (14) em reunião com lideranças e, à noite, com a comunidade.
De acordo com o secretário, as obras na Leste-Oeste afetaram rios e córregos que desaguam no Canal do Rio Marinho, que sofreram intervenções durante a construção. Essas modificações, segundo Oberacy Emmerich, aumentaram a velocidade da correnteza, fazendo com que, com as chuvas volumosas, os níveis dos rios aumentem e a água que transborda chega com mais rapidez a Cobilândia, também fazendo com que o rio transborde e cause os alagamentos.
"A eficiência criou essa situação adversa. Agora vamos enfrentar, e resolver, com obras grandes de macrodrenagem no Canal do Rio Marinho. Vamos melhorar as condições de escoamento, que é uma construção antiga, e também contamos com a ajuda da população, não jogando lixo nos canais, porque nós já encontramos um sofá, pallets e até um carro no canal", afirma.
OBRAS
No Canal do Congo, que abrange a Quinta Região, com cerca de 50 mil pessoas, em Vila Velha, o secretário informa que obras de macrodrenagem já foram iniciadas, mas que não há previsão de finalização, mas a expectativa é que, até meados de 2019, seja concluída.
Já o Canal do Rio Aribiri, o coronel reforça sobre a necessidade de obras de grande porte, que custariam cerca de R$ 24 milhões para a realização da macrodrenagem.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
O secretário afirma que, atualmente em Vila Velha, há um mapeamento que afirma que 2743 imóveis e 17 áreas estão em situação de risco. Com o Plano de Contingência, o coronel afirma que serão instaladas mais câmeras de videomonitoramento que, além de colaborarem com as ações do trânsito, também irão "vigiar" encostas e locais de risco, para que haja uma rápida comunicação e a retirada de pessoas dos locais seja feita com maior eficiência.
"É um desafio tremendo. A gente não pretende usar alertas sonoros, porque provoca pânico nas pessoas e, às vezes, faz mais vítimas que o próprio evento. Pretendemos treinar pessoas pela Defesa Civil e entregar materiais de primeiros socorros, as pessoas serão avisadas com calma sobre a evacuação. A Defesa Civil implica não só em trabalhos de correção, temos que fazer um trabalho de prevenção, conscientização e treinar pessoas para o aviso de risco, comunicar e fazê-las entender o risco", reforça o coronel Emmerich.
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