Mesmo com redução de repasses do governo, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) avançou em avaliação do Ministério da Educação (MEC). A estratégia foi direcionar investimentos para laboratórios e ampliação da bibliografia (livros) para cursos que apresentavam baixo desempenho a fim de melhorar sua qualidade e, assim, contribuir para o resultado da instituição.
O Índice Geral de Cursos (ICG), composto entre outros elementos pela média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) dos últimos três anos, colocava a Ufes em 56º lugar em 2014, entre instituições federais de ensino, e no ano passado a universidade alcançou a 27ª colocação no ranking.
A pró-reitora de graduação, professora Zenólia Figueiredo, atribui o resultado a três dimensões. A primeira refere-se à média dos cursos no último triênio, que leva em consideração, além da nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), infraestrutura e recursos pedagógicos das instituições.
Zenólia diz que muitos cursos passaram de conceito 3 no CPC de 2014, que é razoável, para 4, considerado bom, no ano passado, de uma escala que vai até 5. Entre os cursos que tiveram melhor desempenho estão Ciência da Computação e Ciências Biológicas, de Vitória; e Engenharia Química, de Alegre.
Esse é o resultado de muito planejamento e da definição de prioridades. Faz três anos, ou um pouco mais, que a administração está focando o trabalho no ensino, tanto em graduação quanto em pós, ressalta a pró-reitora.
Ela afirma ainda que, nesse processo, foi feita uma listagem de laboratórios deficientes, por exemplo, para saber os que precisavam de mais investimentos. Os cursos que apresentavam CPC abaixo de 3 tornaram-se prioridade. Avaliamos curso a curso, problema a problema porque, com pouco dinheiro, o recurso precisava ser canalizado da melhor forma, acrescenta.
Pós-graduação
Outro aspecto que conta para o desempenho da Ufes é a melhoria na oferta e nos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação. A universidade dispõe atualmente 62 cursos de mestrado e 26 de doutorado.
Além disso, também é considerada para o IGC a distribuição do número de alunos em todos os níveis de ensino. Hoje, a instituição tem aproximadamente 23 mil matrículas ativas.
O avanço que a Ufes demonstrou é um esforço muito grande que é feito, nem sempre nas melhores condições, para que a universidade exerça o seu papel social de formação para o Estado. Então, hoje só temos o que comemorar, reforça Zenólia Figueiredo.
Para a pró-reitora, a continuidade desse modelo vai permitir que a Ufes mantenha a tendência de crescimento para as próximas avaliações. A avaliação envolveu mais de 2 mil instituições no país, públicas e particulares.
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