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Lixo hospitalar em rio no ES: laboratórios ainda sem punição

Lixo hospitalar em rio no ES: laboratórios ainda sem punição

O material infectante foi encontrado por moradores e pescadores na barragem de Rio Bonito, em Santa Maria de Jetibá, no mês de junho deste ano

Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 21:37

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Os responsáveis pelo descarte irregular de lixo hospitalar na barragem de Rio Bonito, em Santa Maria de Jetibá, na região Serrana do Estado, não foram identificados. A informação é da Prefeitura de Santa Teresa que ficou encarregada de conduzir uma investigação sobre o caso. Segundo a administração municipal, não foi possível comprovar a procedência do material contaminado e, dessa forma, não houve punição aos envolvidos no crime ambiental mesmo depois de seis meses.

O resíduo hospitalar foi encontrado por moradores e pescadores no mês de junho deste ano. No total, cerca de 11 caixas foram recolhidas pela Vigilância Sanitária de Santa Maria de Jetibá. Seringas, agulhas e tubos com sangue, além de documentos, estavam entre o material infectante.

Lixo hospitalar em rio no ES, laboratórios ainda sem punição

Na ocasião, a Prefeitura de Santa Maria de Jetibá fez uma investigação e concluiu que o laboratório responsável pelo lixo é de Santa Teresa. O gerente da Vigilância Sanitária de Santa Maria, Wallas Patrick Hammer, informou ao Gazeta Online, na época, que um relatório foi enviado para a cidade vizinha dar continuidade no caso. De acordo com ele, as providências como multas, perda de licença e outras penalidades deveriam ser tomadas pela administração municipal de Santa Teresa.

INVESTIGAÇÃO

Foi montada uma comissão especial da prefeitura de Santa Teresa composta por farmacêuticos-bioquímicos, técnicos de laboratório, tecnólogos em saneamento ambiental, profissionais da vigilância sanitária, além do procurador jurídico do município, a fim de investigar o responsável pelo lixo.

No entanto, de acordo com a nota da administração municipal, após concluir todas as etapas, a comissão entendeu “que não é possível identificar a Responsabilidade Administrativa de quaisquer dos laboratórios ou estabelecimentos de saúde investigados, uma vez que as provas colhidas se apresentaram frágeis para atribuir responsabilidade.”.

Ainda segundo a prefeitura, a comissão trabalhou as possibilidades técnicas e administrativas para tentar identificar e comprovar a procedência do material para subsidiar as autoridades policiais na investigação do caso. No entanto, os donos não foram identificados pelo grupo de especialistas. De acordo com a administração municipal, a procedência é de diversos laboratórios de análises clínicas e de estabelecimentos de odontologia.

A reportagem questionou a prefeitura se a situação ficaria por isso mesmo, mas não houve retorno da assessoria de imprensa.

IEMA AGUARDA RESULTADO DO INQUÉRITO POLICIAL

Procurado para explicar se os responsáveis vão ficar impunes, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) informou que aguarda o resultado do inquérito policial para tomar as devidas providências sobre o caso.

“Recebemos o relatório da Prefeitura de Santa Teresa que não foi conclusivo. Sem a conclusão do inquérito policial ainda não é possível atribuir responsabilidade a ninguém. Nós continuamos acompanhando o caso. Segundo a legislação vigente, a multa varia de R$ 3.500 a R$ 300 mil”, explicou a gerente de Fiscalização do Iema, Rosa Eurídice.

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Já a Polícia Civil informou, por meio de nota, que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Santa Maria de Jetibá. Segundo a nota, algumas pessoas já foram ouvidas sobre o descarte irregular, mas outras informações só serão repassadas com a conclusão do inquérito.

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