A greve dos rodoviários, inciada nesta segunda-feira (03), é motivada por uma reivindicação de reajuste salarial para motoristas e cobradores de ônibus. A paralisação acontece depois de pelo menos cinco tentativas de negociação entre funcionários e patrões.
Os rodoviários pedem 4% de reajuste da inflação mais o ganho real tanto nos salários quanto no tíquete-alimentação. Eles ainda querem que o plano de saúde, que hoje é pago de forma participava, seja integralmente custeado pelas empresas. Além disso, os trabalhadores também reivindicam o fim da modalidade de contratação de rodoviários em jornada de trabalho reduzida, conhecidos por "motoristas de baixa renda".
Atualmente, o salário dos motoristas é de R$ 2.228 e do cobrador é de R$ 1.150, o tíquete é de R$ 696. Já tivemos cinco reuniões e nada foi resolvido, a classe está insatisfeita, afirma o presidente do Sindirodoviários, José Carlos Salles.
O motorista de ônibus Flávio Santos diz que será difícil pagar as contas se não tiver um aumento.
Está difícil para todo mundo. A categoria quer um aumento para dar uma melhor condição de vida para a família, para ter possibilidade de fazer uma faculdade, estudar mais, mas não estamos sendo atendidos. Ficamos tristes, ainda mais em um cenário de tanta insegurança, tanta violência nos ônibus, desabafou.
PATRÕES OFERECERAM 3%
Inicialmente, as empresas de ônibus ofereceram um reajuste de 2% para os funcionários. A proposta foi recusada, e na última sexta-feira (30), os sindicatos patronais de GVBus e Setpes ofereceram uma contraproposta de 3% de reajuste nos salários, que também não foi aceita.
Uma nova rodada de negociação entre os rodoviários e as empresas está marcada para a tarde desta segunda-feira (03), na sede do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus).
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