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Anistia: projeto 'destrutivo para a PM', diz ex-secretário de segurança

Anistia: projeto "destrutivo para a PM", diz ex-secretário de segurança

Segundo o coronel Nylton Rodrigues, "propor uma anistia geral, sem separar o joio do trigo, é lamentável e destrutivo para a Polícia Militar

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 20:10

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Coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, ex-secretário de Segurança Pública do Estado. (João Paulo Rocetti)

Um projeto "lamentável e destrutivo para a Polícia Militar". A avaliação é do ex-secretário de Segurança Pública, o coronel Nylton Rodrigues, que também comandou a Corporação durante a greve dos policiais. A análise foi feita logo após o governador Renato Casagrande enviar para a Assembleia Legislativa projeto de lei anistiando os militares que participaram da paralisação, beneficiando até os 23 que foram expulsos. "O projeto é um desserviço e uma péssima mensagem para o Espírito Santo e para o Brasil", assinala.

De acordo com o coronel Nylton, "propor uma anistia geral, sem separar o joio do trigo, é lamentável e destrutivo para a Polícia Militar, porque rasga e joga ao chão a nossa Constituição - que proíbe a participação dos militares em greve -, o nosso regulamento, os nossos valores e princípios. Nossos pilares, que sustentaram a PM por 183 anos, e que agora sofrerão um duro golpe, que pode fazê-los ruir de uma vez por todas", assinala.

Ele relata que a hierarquia e a disciplina são os pilares que sustentam a Polícia Militar e que durante a greve de fevereiro de 2017 houve a total ruptura deles. "Atos de insubordinações - transgressões gravíssimas - e ofensas foram registrados. É uma página para ser arrancada e não virada da história da PM, mas devemos guardar todos os aprendizados desta época terrível", acrescenta.

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Outro ponto por ele destacado diz respeito à população. "Ela espera sempre que os policiais deem o exemplo. E o exemplo começa a partir do momento quando se analisa caso a caso e se separa o bom do mau profissional", disse, destacando que fala em defesa da Corporação. "Amo a minha Polícia Militar e sempre a amarei e por isso falo em defesa dela. E digo que 95% dos seus integrantes são bons profissionais, homens e mulheres íntegros é sérios", finalizou.

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