O prefeito de Baixo Guandu, Neto Barros (PCdoB), confirmou o recebimento de uma carta da Fundação Renova, avisando que a entidade iria processá-lo pelo que disse durante a 33ª Reunião Ordinária do Comitê Interfederativo, realizada nos dias 17 e 18 de dezembro do ano passado. As críticas teriam sido feitas devido às reparações em decorrência da tragédia envolvendo o Rio Doce.
De acordo com Neto Barros (PCdoB), o envio da carta é uma tentativa de amedrontar toda a população da cidade. Se fazem uma intimidação desse tipo com o prefeito, imaginem o que deve acontecer nos escritórios de atendimento aos atingidos, afirmou. A Renova deveria se preocupar em mostrar para os cidadãos o que está fazendo para melhorar a vida das vítimas, ressaltou.
Segundo ele, a Fundação ainda não pagou os gastos que o município teve em 2015 com a mudança de captação e tratamento de água necessária para abastecer a população, após o rompimento da barragem em Mariana (MG). Todo mundo que mora aqui em Baixo Guandu foi atingido, mas eles consideram apenas 5 mil pessoas, informou. Nós vamos continuar lutando para que cumpram a legislação ambiental, disse.
RESPOSTA
Em nota, a Fundação Renova esclareceu que a carta endereçada ao prefeito de Baixo Guandu serviu para manifestar a discordância com os termos usados por ele na 33ª reunião do Comitê Interfederativo. E que negociou, em conjunto com as prefeituras e a Câmara Técnica, a definição de uma metodologia para viabilizar o ressarcimento dos gastos extraordinários, ainda que estes não tenham sido comprovados por 90% dos municípios.
Ao todo, deverão ser R$ 53 milhões distribuídos entre 39 cidades do Espírito Santo e de Minas Gerais. Até o momento, 19 receberam o valor e outras quatro estão em processo de análise de documentos para assinatura do acordo.
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