Morreu na madrugada deste domingo (6) o empresário Edgard Euzébio dos Anjos, de 80 anos, vítima de uma doença degenerativa com a qual já vinha lutando há cerca de um ano, internado no Apart Hospital, em Carapina, bairro da Serra.
Edgard foi enterrado às 15h deste domingo (6) no Cemitério Jardim da Paz, na Serra.
O empresário deixa esposa, Therezinha Magali Annechini, de 79 anos, dois filhos, Bruno e Fabíola, netos e bisnetos, além de um legado marcado sobretudo por investimentos nas telecomunicações do Espírito Santo. O jornalista Tinoco dos Anjos, irmão de Edgard, lembra de quando ele assumiu O Diário, dos primeiros jornais capixabas, na década de 70. "Ele trouxe muita coisa que era inédita, tanto para a fotografia quanto para o jornalismo impresso. Tanto que me levou e levou um outro irmão nosso para a profissão", relata.
Tinoco destaca que Edgard, depois de O Diário, teve Agora, uma revista mensal. "Isso tudo refletia o amor dele pela comunicação. Ele adorava. Lia todos os jornais do Espírito Santo e do Brasil possíveis, até morrer. Sempre muito bem informado", conclui.
"ELE FOI A GRANDE ÂNCORA DA FAMÍLIA"
Segundo o jornalista, Edgard foi uma âncora para a família inteira, que é natural de Barra de São Francisco, no Norte do Espírito Santo. Isso porque o empresário foi trazendo, irmão por irmão, todos para Vitória para estudarem e terem mais oportunidades na vida. "Nós perdemos nossos pais cedo, então ele (Edgard) e Edith (irmã que já morreu) se tornaram figuras paterna e materna. Nós temos essas lembranças deles", diz Tinoco. Juntos, os irmãos somavam sete homens e três mulheres.
Aos poucos, o desejo de Edgard de que cada irmão tomasse um bom rumo na vida foi se concretizando e ele, também, foi investindo em diferentes frentes de atuação como empresário. "Ele nunca foi eleito para nada na política (Edgard era irmão de Enivaldo dos Anjos, atual deputado estadual do Espírito Santo), mas era muito envolvido. Era muito querido, foi ficando muito conhecido... Teve uma vida muito rica, muito cheia de episódios. Deixa muitos amigos", conclui.
A ESCOLINHA
Era de "a escolinha" que Edgard chamava O Diário, jornal que coordenou a partir da década de 70, cuja sede e redação ficavam na Rua Sette, no Centro de Vitória. Maria Ângela de Oliveira Pellerano foi uma das profissionais que também dividiu horas de trabalho com o empresário àquela época e fez um relato nas redes sociais relembrando a ocasião.
"Primeira vez que vi uma máquina de escrever foi na redação d'O Diário. Mas só escrevi com dois dedos. Hoje já melhorei muito e escrevo com quatro. Edgard era dono d'O Diário e foi responsável pela carreira de inúmeros profissionais que começaram assim", relata ela. Leia o depoimento na íntegra:
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