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Haja casaco! Capixabas encaram até -55ºC na América do Norte

Haja casaco! Capixabas encaram até -55ºC na América do Norte

Onda de frio tem deixado cidades americanas em estado de alerta; Chicago chegou a ser comparada com o Everest

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 19:14

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Capixaba Camila Bellon passa seu primeiro inverno no Canadá. (Arquivo Pessoal)

Que o capixaba tem enfrentado um verão com temperaturas elevadas e que o calor está de "rachar" não é novidade nenhuma no Estado, mas o que muita gente não consegue "processar" é que neste momento tem muito conterrâneo sofrendo é com o frio. Mas não é por aqui, não. É um pouco mais em cima, lá nos EUA e no Canadá.

As temperaturas nos dois países da América do Norte estão recentemente com registros negativos, sem contar na sensação térmica, que pode chegar a -55ºC. O fenômeno "vórtice polar", que em linhas gerais é uma espécie de massa de ar gelado que se locomove como um ciclone, está geralmente localizado sobre o Polo Norte e o Polo Sul, mas ganha força no inverno. E isso está influenciando a temperatura de tais localidades.

Capixaba Camila bellon enfrenta forte frio em Winnipeg, Canadá. (Arquivo pessoal)

A engenheira Camila Bellon, que está em Winnipeg, no Canadá, a estudos, vem enfrentando pela primeira vez o inverno de lá. A neve tomou conta das ruas. As casas precisam ficar com aquecimento ligado mesmo que as pessoas estejam do lado de fora para os canos de água não congelarem.

"Está muito frio, sensação térmica é de -50C, ontem fez - 38ºC. Mas aqui é comum esse frio mesmo eu que estou sentindo pela primeira vez o inverno aqui. Apesar da temperatura baixa, por ser comum, a vida continua normalmente. As escolas estão funcionando porque as pessoas já estão preparadas para isso. Mas eu tenho visto muita coisa interessante. As cervejas que gelam do lado de fora. Os cachorros que saem de agasalhos. A água quente congelando quando você joga para cima do lado de fora da casa, caso a temperatura esteja menor que -30ºC", conta a capixaba.

Esse vídeo foi gravado por Camila, e mostra a capixaba Hallana Bloom jogando para cima água quente. E como a temperatura estava em -30ºC, a água instantaneamente congelou.


Do lado de dentro das casas, os móveis também congelam. Até a fechadura da porta não escapou em Winnipeg. "As maçanetas congelaram. A diferença de umidade de dentro e de fora de casa faz os vidros das janelas congelarem também", descreve. 

Capixaba Camila bellon enfrenta forte frio em Winnipeg, Canadá. (Arquivo pessoal)

Morando em Chicago (EUA), que foi considerada a cidade mais fria que o Everest nessa semana, a jornalista Iara Diniz conta que o município parece um deserto, com quase ninguém nas ruas.

"Na quarta-feira fez -30ºC, mas a sensação térmica foi de -45ºC. As crianças não foram à escola nem ontem nem hoje, as universidades também suspenderam as aulas. Tem supermercado que não abriu. A maioria das pessoas está trabalhando de casa ou ganhou o dia de folga. Eu só saí de casa ontem por extrema necessidade e dirigindo, porque não dá para ficar muito tempo do lado de fora. Chicago está parecendo uma cidade fantasma", descreve Iara.

Jornalista Iara Diniz mora em Chicago e tem enfrentado temperaturas muito baixas. (Arquivo pessoal)

O estudante Luiz Nunes, de 23 anos, está Wisconsin, nos EUA. Ele, que está morando há pouco tempo fora do Brasil conta como está sendo a experiência de passar por um inverno tão rigoroso, bem diferente do verão que sua família está passando em terras capixabas.

Luiz Nunes está fazendo intercâmbio nos EUA. (Arquivo Pessoal)

"A cidade entrou em estado de emergência, chegou a sensação térmica de -55º C. Para sair de casa uso segunda pele, moletom, casaco, cachecol no rosto, touca, luvas, caso contrário a mão da gente congela e começa a rachar. Quem está no Brasil não tem noção. Aqui o problema maior é o vento, chega a cortar. A neve atrapalha muito. Mas é aquilo, eles estão preparados para retirar a neve das ruas. Eu estou com saudade do calor do Brasil. Esses dias eu saí sem o protetor no rosto e cachecol, cheguei com o rosto todo queimado em casa". 

Nessas horas, voltar a sentir o calor capixaba vira até um sonho para quem está no meio de tanto gelo. "Estou com muita saudade do calor aí do Espírito Santo. Não tem como nem descrever o frio que estamos passando aqui", acrescenta Luiz. 

Eita frio! Capixaba Hanna Nunes se arrependeu de sair na rua com os amigos da universidade para almoçar em Chicago. (Arquivo pessoal)

 

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