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Interdição da Vitória-Minas continua após impasse com a Fundação Renova

Interdição da Vitória-Minas continua após impasse com a Fundação Renova

Manifestantes se reuniram com a Fundação, que pediu um prazo para analisar pedidos

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 00:02

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Manifestação de pescadores. (Heriklis Conceição | TV Gazeta)

Representantes da Fundação Renova e cerca de 12 manifestantes se reuniram para tentar pôr fim ao protesto que já dura mais de 30 horas e interdita a Estrada de Ferro Vitória-Minas, em Baixo Guandu, no Noroeste do Estado. A tentativa de acordo, que aconteceu na tarde desta terça-feira (15), no entanto, falhou; e a manifestação deve continuar por tempo indeterminado.

De acordo com declarações de pescadores que participaram da reunião, eles apresentaram mais de 20 reivindicações. A Fundação Renova, em contrapartida, teria requisitado 15 dias para analisar todas as demandas. O pedido de espera não foi aceito pelos manifestantes, que votaram pela continuação do protesto.

“Tem três anos que eles estão analisando”, disse a pescadora Glória Santos, que participou da reunião, para justificar a decisão do grupo. “O nosso recado está sendo dado. Não estamos com pressa de ir embora. Nós vamos permanecer aqui até que nos seja dada uma solução”, garantiu, junto a gritos de apoio dos demais manifestantes.

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HISTÓRICO

De acordo com a organização do protesto, mais de mil trabalhadores que foram afetados direta ou indiretamente pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015, participam da manifestação.

O estopim para que eles se reunissem em Baixo Guandu foi uma liminar da 12ª Vara de Justiça de Belo Horizonte que suspende o pagamento do lucro cessante deste ano, que é um pagamento reparatório por causa dos prejuízos causados com o fim da pesca no Rio Doce.

O não pagamento de indenizações e do auxílio financeiro também aparecem como reclamações frequentes entre os manifestantes.

O OUTRO LADO

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Por meio de nota, a Fundação Renova informou que buscou diálogo desde segunda-feira (14) com as lideranças e que esteve aberta a receber as reivindicações do grupo para análise. A reunião desta tarde fez parte desse esforço. Nesse sentido, eles também afirmaram que vem agindo com respeito aos direitos humanos e que continuarão tentando resolver o impasse de forma pacífica e transparente.

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