Morto nesta quarta-feira (9), aos 88 anos, o padre Jesuíta Oscar González Quevedo Bruzan, mais conhecido como padre Quevedo, famoso por estudar fenômenos considerados paranormais, esteve no Espírito Santo, em 2005, para analisar o caso das folhas que estariam sendo bordadas por formigas com imagens de Nossa Senhora.
Quevedo veio ao Estado a pedido de Dom Luiz Mancilha Vilela, então arcebispo de Vitória, para estudar o suposto fenômeno que estaria acontecendo em uma casa na Serra. Depois de passar mais de uma hora no local, o sacerdote chegou a conclusão de que se tratava de uma fraude. Ou no seu bordão de que o fenômeno non ecziste.
Em toda a minha vida eu nunca vi uma coisa tão simples, vulgar e ridícula como isso. Esse milagre é um truque, feito por alguma pessoa, de forma consciente ou inconsciente, mas totalmente irresponsável. É uma blasfêmia contra a Igreja Católica, disse o jesuíta em entrevista publicada em 22 de setembro de 2005. Segundo reportagem da época, Quevedo foi firme em dizer que o suposto milagre não passa de um truque malfeito e que foi facilmente resolvido por ele.
Apesar do descrédito do religioso, o local onde há as chamadas formigas bordadeiras virou lugar de peregrinação e um santuário foi criado no local, o de Nossa Senhora das Lágrimas. O local recebe visitas até hoje.
MORTE
Afastado da mídia desde 2011, Oscar Gonzales Quevedo Bruzan, mais conhecido como Padre Quevedo, morreu nesta quarta-feira (9), aos 88 anos de idade. Ele vivia em Belo Horizonte, Minas Gerais, e sofria de problemas cardíacos.
A morte foi confirmada pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje), local onde o padre jesuíta espanhol morava, no bairro Planalto.
Na televisão, Padre Quevedo era o protagonista do quadro O Caçador de Enigmas, no programa Fantástico, da TV Globo. Ele desvendava mistérios e tirava a máscara de charlatões. Ao conseguir desmentir um caso, o religioso sempre dizia isso non ecziste.
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