Durante a votação do projeto de lei que concedeu anistia administrativa para os PMs grevistas, membros de associações que representam militares e ex-militares que foram expulsos por participação no movimento paredista realizaram uma manifestação.
Uma das participantes do movimento é a sargento da Rotam, Micheli Ferri, que foi expulsa dos quadros da PM por desobedecer a ordem de sair do batalhão e retornar às ruas.
"É a reparação de uma injustiça que foi feita com a gente. Vou poder voltar a fazer o que sempre amei fazer: que é ser policial militar e ajudar a defender a sociedade", diz.
Com informações de Caíque Verli
DEPUTADOS APROVAM ANISTIA
Por unanimidade e sem grandes surpresas, os deputados estaduais acabam de aprovar, na manhã desta quarta-feira (16), o projeto de lei, enviado pelo governador Renato Casagrande, que concede anistia administrativa para mais de 2.600 policiais militares envolvidos com a greve da PM, em fevereiro de 2017.
A anistia foi aprovada por unanimidade pelos deputados presentes na sessão. O presidente da Assembleia, Erick Musso, se absteve da votação por conta do cargo que ocupa.
O projeto ainda determina que o Estado pague aos PMs expulsos e que serão reintegrados os salários e benefícios retroativos referentes ao período de afastamento - um impacto aos cofres públicos de mais de R$ 800 mil.
Agora, o projeto segue para a sanção do governador. A partir de então, cada militar terá um prazo de 30 dias para entrar com um requerimento solicitando o "perdão".
A tramitação foi em regime de urgência na Casa. A sessão foi convocada extraordinariamente no recesso parlamentar pelo governador para analisar o projeto.
"Esse projeto está exaurido a discussão. O governador debateu esse projeto inclusive na campanha. A sociedade capixaba acompanha isso tem um ano, um ano e meio", justificou o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso, na manhã desta quarta-feira (16).
O deputado Sergio Majeski discursou a favor da anistia e criticou como o governo Hartung tratou as insatisfações da categoria.
"De 2015 a 2017, tinha muita insatisfação na Polícia Militar e vários deputados subiram nessa tribuna para alertar. Com policiais tirando dinheiro do próprio bolso para abastecer viaturas, com viaturas quebradas, coletes vencidos e tudo mais. Todo mundo sabia", disse o deputado.
O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) apresentou uma proposta de emenda, que concederia uma indenização de R$100 mil para famílias de vítimas de homicídio doloso durante a greve e previa redução de ICMS pelos comerciantes afetados durante a paralisação de fevereiro de 2017 - o projeto de emenda foi rejeitado.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta