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Superlotação volta aos corredores do Hospital São Lucas

Superlotação volta aos corredores do Hospital São Lucas

Sem leitos de internação suficientes, pacientes ficam em macas

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 03:02

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Superlotação volta aso corredores do hospital. (REPRODUÇÃO)

Inaugurado em dezembro de 2016, o pronto-socorro do Hospital Estadual de Urgência e Emergência, o novo São Lucas, continua com um velho problema: a superlotação. Sem leitos de internação, pacientes recebem atendimento nos corredores e em cadeiras.

Foram encaminhados à reportagem vídeos da situação do novo São Lucas, localizado no bairro Forte São João, em Vitória. Nas imagens, gravadas por uma pessoa que prefere não se identificar, é possível ver diversas macas espalhadas pelo corredor. Há anos, o hospital, muito antes da inauguração da nova unidade, possuía problemas de superlotação e secretários disseram que a situação seria sanada.

Segundo as denúncias encaminhadas, há pacientes que estão há 20 dias no corredor. Também há quarto sendo dividido por 25 enfermos. Enquanto isso, visitantes não têm cadeira para sentar e ficam em pé ao lado de parentes e amigos que precisam do atendimento.

“Não deveria ter nenhum paciente no corredor, são pessoas que já estão internadas e deveriam estar em um quarto na cama”, disse uma funcionária do local, que prefere não se identificar.

Os relatos apontam que a superlotação é o problema mais visível, mas há muitos outros setores diferentes. Há demora na entrega de medicamentos e até ar-condicionado desligado, inclusive na UTI.

“Está cada vez maior o número de pacientes e os funcionários não têm dado conta, inclusive tem muitos com atestado médico porque não aguentam a sobrecarga de trabalho. Um medicamento que deveria ser dado às 19h foi entregue ao paciente às 2h devido à superlotação”, disse.

 Mantido pelo governo Estadual, o hospital é administrado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, por meio de um contrato de gestão firmado com a Secretaria de Estado de Saúde desde dezembro de 2015.

O pronto-socorro da unidade, que estava provisoriamente atrás do Hospital da Polícia Militar (HPM), voltou a funcionar no Forte São João no dia 1º de dezembro, com a promessa de desafogar a superlotação. Mas o jornal A GAZETA tem mostrado que nada mudou desde a inauguração.

Em 2014, o então secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, que hoje é subsecretário da pasta, prometeu que o novo São Lucas iria esvaziar os corredores. “Essa situação dos corredores lotados até setembro esvazia”, disse, na época, com inauguração prevista para aquele ano – o que não ocorreu.

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Em outubro de 2016, o então secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, disse que a reabertura do novo pronto-socorro do São Lucas iria absorver boa parte da demanda de urgência e emergência da Grande Vitória. “O número de leitos será dobrado e vai ajudar a desafogar a superlotação dos hospitais.”

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