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Terceira Ponte: Iphan rejeita um dos modelos de barreira de proteção

Terceira Ponte: Iphan rejeita um dos modelos de barreira de proteção

O projeto havia sido apresentado pela Rodosol e ficou em segundo lugar na consulta pública. Ele atrapalha a visualização do Convento da Penha, segundo o órgão federal

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 00:34

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Um dos modelos de barreira de proteção propostos para a Terceira Ponte — que tem a função de evitar casos de suicídio — foi rejeitado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por atrapalhar o chamado "cone de visualização" do Convento da Penha.

O órgão federal se opôs à instalação da "barreira com cabos rígidos verticais em aço inox", que foi o primeiro modelo a ser apresentado para a população. É uma estrutura rígida que seria instalada em cima da atual mureta de proteção da ponte. Ele foi desenvolvido a pedido da concessionária Rodosol.

Primeiro modelo de barreira proposto para a Terceira Ponte e que foi rejeitado pelo Iphan. (Carlos Alberto Silva | Arquivo | GZ)

Além dele, outros três modelos foram apresentados para a população, que se manifestou por intermédio de uma consulta pública aberta pela pela Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp-ES) em novembro do ano passado. O resultado foi divulgado no último dia 21 e o projeto rejeitado pelo Iphan ficou com a segunda colocação, com 25,1% dos votos. O projeto vencedor, segundo o voto popular, foi a "Estrutura lateral rebaixada em fibra", com 54,4% dos votos.

Proposta de proteção mais votada em consulta pública. (Divulgação/ANGATU)

O vencedor da consulta pública, assim como o projeto que ficou em terceiro lugar , com 13% dos votos, e o último colocado, com 7,4% da votação, contam com a aprovação do Iphan, por não atrapalharem a visualização do Convento.

PROBLEMAS

A manifestação do órgão federal foi feita durante a consulta pública, em documento encaminhado para a Arsp. Nela é informado que o Iphan está ciente da necessidade de se garantir mais segurança na ponte que vise a preservação da vida humana. Mas destaca que o seu apoio vai para projetos que não causem bloqueios ou impactem a visibilidade de um bem tombado, no caso o Convento.

O órgão federal informa ainda que o Convento da Penha foi tombado em 1943 pelo patrimônio histórico e que existem ainda portarias federais que tratam da preservação do seu entorno e da altura permitida para edificações tantos nos municípios de Vila Velha quanto de Vitória. E mais, que projetos que afetem o Convento precisam de sua avaliação. 

OUTRO LADO

Ao ser demandado sobre o assunto, o diretor geral da Arsp, Julio Castiglioni, confirmou que recebeu a manifestação do Iphan sobre a barreira de proteção para a Terceira Ponte. Acrescentou que a agência já tinha enviado para várias instituições, incluindo o Iphan, informações sobre os projetos que estavam sendo avaliados pela população. "Eles nos informaram que um dos projetos afetava a visualização do convento, mas que os outros três seriam mais adequados", informou.

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Segundo Castiglioni, a manifestação do Iphan foi encaminhada para o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que ficará responsável pela realização das obras após a escolha do projeto. Ele explicou ainda que a consulta pública foi uma forma de receber a colaboração e a opinião da população sobre o tema. O resultado foi encaminhado ao governador Renato Casagrande e servirá de ferramenta para ajudar na escolha do projeto a ser adotado na ponte como proteção contra os casos de suicídio.

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