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Contorno de Iconha: alívio para moradores, apreensão no comércio

Contorno de Iconha: alívio para moradores, apreensão no comércio

Expectativa divide espaço com temor de quedas nas vendas

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 09:39

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Vista de parte do Contorno de Iconha, uma das obras mais esperadas da BR 101 que chegou à sua reta final. (Marcelo Prest)

Na cidade de Iconha o clima é de expectativa entre motoristas, comerciantes e moradores para a liberação do trecho de oito quilômetros da BR 101 que contorna a cidade. A maioria comemora a retirada do tráfego de caminhões pesados da área urbana, que para eles vai deixar Iconha mais segura e limpa. Comerciantes, porém, se preocupam com a queda nas vendas para os viajantes.

O morador Valter Turismo, 35 anos, comemora a liberação do trecho. Para ele, além do trânsito local que deve melhorar, o desvio do fluxo de caminhões pesados para fora da cidade vai contribuir para o fim da poeira trazida pelos veículos.

“Aqui vai melhorar a poeira e o trânsito. Será um alívio, porque as casas têm que ficar fechadas por causa da poeira. Já o trânsito, em alguns dias temos engarrafamentos de mais de 20 quilômetros. Aí você não anda. Fica no carro com criança e parado”, afirma Valter. 

Edvaldo Batista Santos, 48 anos, também é morador e vai com frequência no comércio e bancos da via principal de Iconha. Para ele, a redução da poluição sonora vinda do barulho dos veículos vai proporcionar uma melhor qualidade de vida na cidade. “É muito barulho aqui e as vezes temos que gritar para falar com as pessoas. Com menos carros isso vai melhorar”, disse.

Cansado dos constantes engarrafamentos que enfrenta ao passar pela cidade, o empresário do Rio de Janeiro Iranir Ferreira Gregório, de 38 anos, se diz aliviado em não ter mais que calcular seu tempo de viagem considerando os possíveis atrasos ao passar por Iconha.

“Sempre quando passo por aqui tem congestionamento. Agora vai ser bem mais rápido. Passar aqui é o caos. Em dias de pico já fiquei 35 minutos agarrado e isso complica muito a viagem”, relata Iranir.

Em um trecho, detonação de rochas está sendo finalizada. (Marcelo Prest)

COMÉRCIO

Já os comerciantes veem com preocupação a diminuição do fluxo de veículos. Na principal via da cidade é forte a presença de padarias, lanchonetes, lojas de vestuário e acessórios para veículos, que possuem entre os seus clientes os viajantes que passam por Iconha.

O comerciante Fábio Lorencini, de 33 anos, é dono de uma farmácia e de uma loja de produtos para alimentação saudável. Ele não desconsidera os pontos positivos para os moradores com a redução do trânsito de veículos, mas diz que a longo e médio prazo o comércio pode perder vendas.

“Em questão de estacionamento vai melhorar. Para viver é melhor, mas para o comércio vai dar um baque muito grande. O público uma hora vai diminuir. Quem não for parar aqui vai passar por fora, e quem não é visto não é lembrado”, disse Fábio.

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