Quatro escadarias históricas do Centro de Vitória, que ficaram deterioradas com o tempo, serão restauradas até outubro, segundo a prefeitura. As obras vão custar R$ 450 mil e vão incluir melhorias na iluminação, nos corrimãos, nos degraus e na drenagem das escadarias São Diogo, Acyr Guimarães, Djanira Lima e Doutor Carlos Messina.
Os recursos usados serão de uma parceria firmada entre a administração municipal e o governo federal, por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa)
Segundo o vice-prefeito de Vitória e secretário municipal de Obras e Habitação, Sérgio Sá, o trabalho tem como objetivo recuperar características das escadarias que se perderam ao longo do tempo.
Isso se deve a pichações, depredações, a intervenção de obras feitas por moradores e pela própria prefeitura ao longo de décadas. Entre essas obras, cito cimentar em cima de pedra portuguesa e até mesmo pinturas de corrimão, feitas até por iniciativa dos moradores, mas sem seguir as características originais, ressalta.
Moradores relatam que as escadarias estão com a situação precária há pelo menos 10 anos, como comenta o diretor de políticas urbanas da Associação de Moradores do Centro de Vitória (AMACentro), Everton Martins
Nas escadarias faltam pinturas, tem rachaduras. Tem umas que falta luminária, que está com o reboco comprometido, com vergalhões à mostra, comenta o representante da associação.
Questionado sobre a demora da restauração, o secretário afirmou que a prefeitura estudava essa ação desde 2013, mas que era preciso captar recursos, o que conseguiu agora. Foi feita uma pesquisa histórica que levantou as características originais para resgatar esse passado das escadarias, a prefeitura desenvolveu o projeto e buscou recursos junto ao governo federal.
VISTORIA
Sérgio Sá, o subsecretário de Execução de Obras, Roberto Valentim, e a subsecretária de Estudos e Projetos, Moema Calazans, foram ao Centro há cerca de 10 dias para verificar o estado de preservação das escadarias.
A primeira visitada foi a Djanira Lima. Ela faz a ligação entre a Avenida Jerônimo Monteiro e a Rua Wilson Freitas, sendo decorada com balaustrada de concreto (fileira de pequenas colunas para formar um parapeito) e postes em ferro. Em seguida, a equipe visitou a Acyr Guimarães, que dá acesso à Rua Antônio Aguirre.
A terceira parada foi a São Diogo, construída em 1942, no local onde existia o antigo Forte São Diogo. Ela faz a ligação entre a Praça Costa Pereira e a Cidade Alta, passando pela Catedral Metropolitana de Vitória. Por fim, estiveram na Doutor Carlos Messina, que liga a Cidade Alta ao Parque Moscoso.
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