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Ministério Público Federal descarta transferência de presos no ES

Ministério Público Federal descarta transferência de presos no ES

O motivo é a ausência de confirmações de que as ordens para os ataques promovidos na Grande Vitória tenham efetivamente partido de lideranças que estejam presas

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 23:38

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Ministério Público Federal (MPF). (Chico Guedes / Arquivo )

A transferência de presos do sistema penitenciário capixaba para presídios federais foi descartada na tarde desta sexta-feira (22) pelo Ministério Público Federal e pela própria Secretaria de Estado da Justiça - responsável pela administração das unidades prisionais.

O motivo é a ausência de confirmações de que as ordens para os ataques promovidos na Grande Vitória tenham efetivamente partido de lideranças que estejam presas. Desde o último final de semana foram registradas três ações que teriam como objetivo era reivindicar melhorias no sistema prisional. O primeiro foi no domingo (17), em uma empresa que fornece marmitas para os presídios. Em uma segunda ação, eles colocaram fogo em um carro em Vitória, na última quarta (20). No mesmo dia, um ônibus do Transcol foi incendiado.

Por nota o Ministério Público do Estado informou que em decorrência desta ausência de provas e pelo trabalho exercido pelas equipes dos presídios capixabas, considerado bom, não haveria a necessidade de promover a transferência dos presos para outras unidades fora do Estado.

A Sejus informou que a decisão de "transferir presos do Espírito Santo para presídios federais é facultada ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, com requerimento junto ao Ministério da Justiça". Acrescentou que, "no momento, a medida não é adotada no Estado".

PASSADO

Em 2014, diversos presos que passaram temporadas nos presídios federais retornaram para o Estado. Muitos deles foram retirados do Espírito Santo por integrarem facções criminosas e organizações envolvidas com tráfico internacional de drogas, além da queima de ônibus e assassinatos. Um dos presos que passou uma temporada em presídios federais é o traficante Carlos Alberto Furtado, o Beto. 

LÍDER DE FACÇÃO É CHAMADO PARA DEPOR

(Vitor Jubini)

Beto, que é líder do Primeiro Comando de Vitória (PCV) — conforme informações de processos que tramitam na Justiça estadual — foi ouvido na tarde desta sexta-feira (22) pelo delegado Fabiano Rosa. Ele investiga os ataques promovidos na Grande Vitória para reivindicar melhorias no sistema prisional. O primeiro foi no último domingo, em uma empresa que fornece marmitas para os presídios. Em uma segunda ação, eles colocaram fogo em um carro em Vitória, na última quarta (20). No mesmo dia, um ônibus do Transcol foi incendiado.

O depoimento foi prestado na Divisão Especializada de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio, que ficou fechada, com os portões trancados, durante todo o tempo em que o traficante permaneceu no local. Ele chegou por volta das 12h30 e lá permaneceu até as 14h40. Beto usava o uniforme azul dos presídios capixabas.

VÍDEO MOSTRA SAÍDA DE TRAFICANTE

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