A Vale terá que comprar e instalar novas estações de medição da qualidade do ar em Vitória. A ação faz parte do Termo de Desinterdição Condicionada (TDC) firmado entre a mineradora e a prefeitura da Capital nesta terça-feira (12). Foi com base nesse documento que a empresa pode voltar ao pleno funcionamento após cinco dias de interdição. O número de estações e os locais onde elas serão colocadas deverão ser definidos em estudo, também contratado pela empresa, em um prazo de 120 dias.
O município havia sinalizado no último dia 9 que tinha interesse em ter estações próprias para o monitoramento da poluição do ar. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Vitória, Luiz Emanoel Zouain, as estações que existem atualmente não oferecem tecnologia necessária para fazer uma aferição adequada. O município vai ter uma central de monitoramento atmosférico. As de hoje são obsoletas, disse.
O prazo para que as novas estações comecem a funcionar é de, no mínimo, 240 dias, ou seja, cerca de oito meses. Isso porque a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) terá que aprovar previamente o estudo feito pela mineradora.
Também consta no TDC que será de responsabilidade da empresa a implantação de um centro de supervisão da qualidade do ar. A Vale terá que comprar computadores, telas de TV, softwares e outros equipamentos tecnológicos além de dar treinamento e capacitação para técnicos da Semmam para que operem os aparelhos.
O novo sistema deverá ser compatível e integrado ao já existente, que atualmente é operado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e possui pontos de captação em Vitória e Vila velha.
Os dados que serão gerados pelas novas estações de monitoramento da Capital deverão ainda ser disponibilizados na internet para a população.
ESTUDO
O estudo que a Vale terá que fazer através de empresa terceirizada, visa identificar como funciona atualmente a dispersão das partículas de poluição na atmosfera a partir de modelagens matemáticas. Será feito ainda, segundo o TDC, um inventário de fontes, ou seja, a identificação de origem de cada tipo de material poluente no ar.
Atualmente, os medidores não conseguem identificar de onde vem a poeira captada. Pode ser da Vale, da Arcelor ou de uma obra ao lado do medidor, afirmou na semana passada o secretário de Meio Ambiente de Vitória.
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