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Educação pública: Ciência em destaque

Educação pública: Ciência em destaque

Feira estimula a criatividade e a participação dos estudantes

Publicado em 16 de março de 2019 às 22:54

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A Feira de Ciências é a principal atividade do ano da Escola Estadual Gisela Salloker Fayet, localizada no distrito de Paraju, em Domingos Martins – a melhor pública do Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino médio. Baseada na metodologia de soluções de problemas, a feira envolve os estudantes desde o 6º ano do ensino fundamental. Entre os trabalhos de destaque do ano passado está uma pulseira emergencial para portadores de epilepsia.

Desenvolvida pela estudante do 9º ano Helen Cristiny Klipel, 14, a pulseira é usada pelo portador da doença e seu cuidador, que é acionado imediatamente nos momentos de crise. A escola aposta na valorização das propostas dos alunos para despertar o interesse pelos estudos.

A epilepsia é uma doença que necessita de cuidados específicos principalmente pelas convulsões inesperadas que podem surgir, e a pulseira auxilia na comunicação. Ela é composta por alguns dispositivos que identificam a convulsão e emitem um sinal para alertar que a pessoa com a doença precisa de cuidados”, explica a estudante, que espera comercializar a ideia.

MUDANÇA

A Feira de Ciências é executada há anos na escola, e ao longo do tempo passou por reformulações para atender e estimular o desenvolvimento do aprendizado dos estudantes. As primeiras feiras eram reprodutivas – ou seja, traziam produtos e ideias que eram novidade, mas já existiam no mercado. Mas, nos últimos tempos, elas passaram a ser eventos de apresentação de inovações dos alunos.

“Eu estou aqui há dez anos e lembro que a primeira feira era completamente diferente. Fomos percebendo ao longo dos anos que a criatividade se perdeu. Naquele formato, eles utilizavam a tecnologia para pesquisa, mas era tudo meramente reprodutivo. Não despertava a criatividade”, relembra o professor de Geografia José Claudio Pereira.

SUCESSO

Outro caso de sucesso entre as inovações criadas pelos alunos está um protótipo para reduzir os impactos ambientais das carvoarias da região. O projeto consiste em um tubo de PVC que transforma a fumaça que sai da carvoaria em fumaça líquida. O líquido é tratado, filtrado e transformado em condimento para carnes.

“Aqui tem muita carvoaria, e um dos objetivos da feira é reduzir impactos ambientais e gerar renda. Eles tinham que pensar em como reduzir a emissão de gases. Esse trabalho venceu a Semana Estadual de Ciência e Tecnologia e foi para uma feira internacional que aconteceu na Índia. Eles venceram o prêmio de redução de impacto”, diz, com orgulho, a diretora Josilene Erlacher Werneck Machado. O trabalho foi publicado em 80 países.

Além da Feira de Ciências, a escola investe em visitas a locais históricos e pesquisa de campo. Veja abaixo algumas imagens da escola Gisela Salloker Fayet e também da escola José Roberto Christo, do interior de Afonso Cláudio, a melhor pública do Estado no Ideb do ensino fundamental.

ESCOLA E ATIVIDADES EM FOTOS

Alunos da Escola Estadual Gisela Salloker Fayet em atividades de campo em falésias e ruínas antigas. (Marcelo Prest)
Afonso Cláudio Cristo. (Marcelo Prest)

 

grupo de alunos da Gisela Salloker Fayet em atividade com notebooks. (Marcelo Prest)

 

Professora em sala de aula da José Roberto Christo, no interior de Afonso Cláudio. (Marcelo Prest)

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