O Instituto Climatempo continua monitorando a possibilidade da formação de um novo ciclone tropical na costa do Espírito Santo neste fim de semana. Acionado pelo Gazeta Online, o instituto reforçou que equipes analisam por supercomputadores a possibilidade de formação do fenômeno que, se ocorrer, pode causar ventos de até 116 km/h em alto-mar.
O sistema de baixa pressão atmosférica se organiza neste sábado (23) e se intensifica cada vez mais sobre o mar na costa do Espírito Santo até a segunda-feira (25).
Mesmo com a tendência de intensificação da baixa pressão, Josélia explica que tudo ainda não passa de possibilidade da formação do ciclone.
"Este sistema fica sobre o mar, onde a água está quente e por isso se mantém o risco de formação do ciclone. É preciso deixar claro que a maior instabilidade, as áreas de chuva mais fortes e os ventos mais fortes, vão ficar sobre áreas oceânicas. Porém, por causa da proximidade desta baixa pressão atmosférica com o ES, mesmo que não se concretize o ciclone, o Estado poderá sentir ventos moderados a fortes e pancadas de chuva isoladas também moderadas a fortes", explicou.
Nesta sexta-feira (22), a Marinha do Brasil emitiu um novo alerta para o litoral capixaba. O órgão também monitora a possibilidade da formação de um ciclone e diz que, se formado, ele poderá ser classificado como "Depressão Tropical". Caso a intensidade dos ventos observados venha a superar os 61 km/h, ele ganhará o nome de "Iba" que, em Tupi Guarani, significa "ruim". A Marinha tem uma relação de nomes para as adversidades meteorológicas.
De acordo com o órgão, a possibilidade de formação do ciclone pode permanecer atuando no litoral sul do Estado da Bahia e do Espírito Santo até terça-feira (26). O fenômeno está associado à convergência dos ventos sobre uma região em que a temperatura da superfície do mar se encontra entre 29ºC e 30ºC acima da média climatológica para o mês.
Se o ciclone se confirmar, são esperados ventos fortes que podem atingir até 102 km/h em alto-mar. Há previsão de "mar grosso" a "muito grosso", com alturas de ondas entre 3 e 5 metros em alto-mar, e possibilidade de ocorrência de ressaca atingindo a costa entre Linhares (ES) e Porto Seguro (BA), entre a manhã de sábado (23) e a noite de domingo (24). A condição de tempo severo provocada por este sistema ocorrerá principalmente em alto-mar, associada à chuva intensa.
Um ciclone surge por conta da formação de uma área de baixa pressão atmosférica e de forte intensidade. Para que ele evolua para um um furacão, por exemplo, é preciso que essa área de baixa pressão seja mais intensa e com ventos mais fortes, dependendo, ainda, da temperatura dentro da área do fenômeno.
Josélia explica, ainda, que existem ciclones tropicais, ciclones subtropicais e extratropicais. Todos eles são sistemas de baixa pressão atmosférica onde o ar se movimenta no sentido horário, no Hemisfério Sul, e no sentido anti-horário, no Hemisfério Norte.
"Ciclones são associados com grandes áreas de nuvens carregadas que provocam chuva intensa. A diferença de pressão atmosférica entre o centro do sistema e a porção mais externa aumenta a velocidade do vento", detalha. Dependendo da velocidade dos ventos, os ciclones são classificados de forma especial.
Depressão tropical: vento (máximo sustentado de até 33 nós - 61 km/h);
Tempestade tropical: vento (máximo sustentado de 34 nós - 62,9 km/h a 116,5 km/h);
Furacão: vento (sustentado de 64 nós ou maior - 118,4 km/h ou maior).
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