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Espírito Santo tem 155 casos de dengue por dia

Espírito Santo tem 155 casos de dengue por dia

Espírito Santo é o sexto em ranking nacional sobre incidência

Publicado em 26 de março de 2019 às 01:44

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Agente combate o mosquito da dengue: de 30 de dezembro do ano passado até o dia 16 de março deste ano, 11.959 pessoas tiveram a doença. ( Arquivo)

O Espírito Santo registrou, em média, 155 casos de dengue por dia em 2019. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apontam que de 30 de dezembro do ano passado até o dia 16 de março deste ano, 11.959 pessoas tiveram a doença. No mesmo período de 2018 foram 2.373 casos, ou seja, houve um crescimento de 403%.

O salto no número de casos fez o Ministério da Saúde afirmar que o Estado está em “situação preocupante” por causa da alta incidência. Para o ministério, o cenário atual não é de epidemia mas é necessário ter atenção e cuidado para que não se torne.

Por aqui, foram 222,5 casos a cada 100 mil habitantes, o que levou o Espírito Santo a ocupar o sexto lugar no ranking do país com a maior incidência da doença. Este resultado foi alcançado com o dado do Ministério da Saúde, que registrou um total de 8.838 casos nas primeiras 11 semanas de 2019.

Espírito Santo tem 155 casos de dengue por dia

A divergência no número total em relação à Sesa acontece porque os dados são consolidados a partir de informações repassadas pelas prefeituras, que devem mandar os dados para o ministério até o dia anterior à divulgação do balanço.

Mas, nem todas fazem o envio dentro do prazo, causando essa divergência de números. A Sesa também contabiliza esse dados que chegam depois, por isso o número divulgado pelo governo do Estado acaba sendo maior.

Em coletiva de imprensa na manhã de ontem, o coordenador do Programa Nacional de controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, afirmou que alguns Estados, entre eles o Espírito Santo, precisam se esforçar para reduzir os casos de dengue.

No momento, três Estados brasileiros vivem epidemia de dengue: Tocantins, Acre e Mato Grosso do Sul.

“É importante destacar que os Estados do Sudeste que apresentam números significativos de dengue – São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo –, que não se configuram ainda como epidemia, precisam avançar em relação às atividades que estão sendo desenvolvidas para tentar mitigar um pouco o crescimento dessa curva, porque ainda temos um cenário totalmente propício (para epidemia), principalmente até o final de abril”, afirmou.

O Estado deve receber uma visita técnica do Ministério da Saúde em abril.

Em 2019, no Espírito Santo, uma morte foi confirmada. A Sesa disse que, em respeito à família, não passa a identidade da vítima.

Em entrevista à TV Gazeta, Roberto Laperriere, chefe da vigilância ambiental da Sesa, disse que uma das causas do aumento no número de notificações é a circulação do sorotipo 2 da dengue.

“Temos o sorotipo 2 que não circulava no Estado há, mais ou menos, oito anos. Então, temos uma grande parcela da população suscetível a esse sorotipo. Outro fator é a situação climática, com chuvas e altas temperaturas, que favorece o surgimento dos mosquitos”, diz.

Ele reforça o discurso do Ministério da Saúde de que ainda não há uma epidemia e descreve algumas ações que estão sendo feitas.

“Estamos trabalhando com a integração com outras secretarias. Temos parcerias para recolhimento de pneus (em que se acumula água parada) e campanhas educativas. Se a população e o poder público fizerem um esforço, vamos passar por esse período sazonal de uma forma bem mais tranquila”, afirma.

A Sesa também registrou aumento no número de casos de zika e chikungunya – doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em relação à primeira, o número passou de 106 em 2018 para 176 casos nas primeiras 11 semanas deste ano, ou seja, 70 casos a mais. Já sobre a chikungunya o crescimento foi de 56 casos a mais: foram 226 em 2018 e 282 neste ano.

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