O condomínio Ourimar, na Serra, foi o último lugar onde o comerciante José Lucas da Silva, 19 anos, foi visto pela mãe, Elaine Rodrigues da Silva, 37, desde que ele saiu de dentro do apartamento onde morava com a esposa e a filha, há mais de cinco meses.
Depois de inúmeras buscas por conta própria, a família agora espalha cartazes com foto de José Lucas, em terminais rodoviários da Grande Vitória, na esperança de encontrá-lo.
A gente tem dores que aprende a conviver, é o que vem acontecendo na minha casa. Há dias que eu acordo chorando, durmo chorando, a saudade do meu filho é muito grande. Ele está vivo, eu acredito, por isso eu me mantenho de pé, eu não consigo aceitar que ele está morto, desabafou a mãe.
José Lucas morava havia 15 dias no condomínio quando um colega o procurou duas vezes, pedindo que fosse ao pátio comum.
Inicialmente, ele se recusou a descer, mas a insistência fez com que o comerciante deixasse a esposa e a filha em casa, afirmando que voltaria em minutos.
Eu o buscava todo dia em Ourimar e o deixava lá, no final do dia, pois ele trabalhava comigo. Era de fazer risadas e brincar comigo, era meu parceiro do dia a dia. Eu lembro de tê-lo deixado no condomínio e vê-lo andando até o bloco dele, naquele 19 de setembro, recorda-se a mãe.
Onde está José Lucas, quem o levou, para onde e o motivo ainda são pontos de interrogação para a família. Minha nora e minha neta tiveram que sair de lá do condomínio por medo de retaliações. Distribuímos as fotos dele nos terminais com a tatuagem, caso o rosto tenha mudado, para tentar encontrá-lo.
Investigação
Ao ser questionada sobre o desaparecimento de José Lucas, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra e que não seriam repassados detalhes para não comprometer os trabalhos.
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