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Marinha comunica formação de ciclone e ventos podem chegar a 88 km/h

Marinha comunica formação de ciclone e ventos podem chegar a 88 km/h

Fenômeno se formou nas proximidades de Porto Seguro, mas tem deslocamento previsto para a direção Sul e seus efeitos poderão ser sentidos no até o Espírito Santo

Publicado em 23 de março de 2019 às 22:04

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Marinha estende prazo da possível formação de um ciclone na costa do Espírito Santo e Litoral Sul da Bahia. (Windy | Reprodução)

A Marinha do Brasil confirma a formação de um ciclone que deve chegar ao litoral do Espírito Santo até terça-feira (26). Classificado como depressão tropical, o fenômeno natural formou-se às 9h deste sábado (23), em alto-mar, nas proximidades de Porto Seguro, na Bahia. São esperados ventos de até 88 km/h no mar. Já na costa, a ventania pode chegar a 61 km/h.

Segundo o relatório da Marinha o deslocamento do ciclone é previsto para direção Sul e os efeitos poderão ser sentidos no litoral Sul do estado da Bahia e do Espírito Santo. 

O relatório informa que a previsão é de mar grosso a muito grosso, com ondas entre 3 a 4 metros em alto-mar. Há possibilidade de ressaca atingindo a costa entre Linhares, na região Norte do Espírito Santo, e Porto Seguro (BA), com ondas de até 3 metros, estendendo-se ao Sul até Vitória.

Marinha comunica formação de ciclone e ventos podem chegar a 88km por hora

Caso a intensidade dos ventos observados venha a superar 61 km/h, o fenômeno será reclassificado como Tempestade Tropical "Iba", expressão em tupi-guarani que significa "ruim", segundo a Marinha. A intensidade de ventos observados, por enquanto, é de 46 km/h. A condição do tempo provocada pelo ciclone acontece principalmente em alto-mar, associada à chuva intensa.

QUAL O EFEITO DO FENÔMENO NO ESPÍRITO SANTO E NA BAHIA?

De acordo com a meteorologista Josélia Perogim, do Instituto Climatempo, é preciso esclarecer que a maior instabilidade, as áreas de chuva mais fortes e as rajadas de vento ficarão sobre o mar — mas independente da intensificação da baixa pressão atmosférica, a circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera vai forçar a concentração de umidade e calor sobre o Norte e Leste de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo neste fim de semana.

Por este motivo, nuvens carregadas já atuam nestas áreas e vão continuar no céu capixaba pelos próximos dias, com risco de raios e chuva forte. 

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Mesmo que não se concretize o ciclone, algumas regiões capixabas e do sul baiano poderão sentir ventos moderados a fortes e pancadas de chuva isoladas também moderadas a fortes. As rajadas mais intensas devem ocorrer sobre o oceano e o mar tende a ficar muito agitado, perigoso para a navegação

Josélia Pegorim
Meteorologista do Instituto Climatempo
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COMO É A FORMAÇÃO DE UM CICLONE?

Um ciclone surge por conta da formação de uma área de baixa pressão atmosférica e de forte intensidade. Para que ele evolua para um um furacão, por exemplo, é preciso que essa área de baixa pressão seja mais intensa e com ventos mais fortes, dependendo, ainda, da temperatura dentro da área do fenômeno. 

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Por conta desta formação de área com baixa pressão atmosférica, o ciclone pode se formar. Caso isso aconteça, o ES pode esperar por chuva forte e ventos de mais de 118 km/h em alto-mar. Por enquanto, estamos com o alerta especial de chuva forte sobre o Espírito Santo porque tem uma frente fria próxima ao litoral do Estado

Josélia Pegorim, meteorologista do Climatempo
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Josélia explica, ainda, que existem ciclones tropicais, ciclones subtropicais e extratropicais. Todos eles são sistemas de baixa pressão atmosférica onde o ar se movimenta no sentido horário, no Hemisfério Sul, e no sentido anti-horário, no Hemisfério Norte.

"Ciclones são associados com grandes áreas de nuvens carregadas que provocam chuva intensa. A diferença de pressão atmosférica entre o centro do sistema e a porção mais externa aumenta a velocidade do vento", detalha. Dependendo da velocidade dos ventos, os ciclones são classificados de forma especial.

Depressão tropical: vento (máximo sustentado de até 33 nós - 61 km/h);

Tempestade tropical: vento (máximo sustentado de 34 nós - 62,9 km/h a 116,5 km/h);

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Furacão: vento (sustentado de 64 nós ou maior - 118,4 km/h ou maior).

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