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Marinha estende prazo para atuação de possível ciclone na costa do ES

Marinha estende prazo para atuação de possível ciclone na costa do ES

"O ciclone pode permanecer atuando no litoral sul do estado da Bahia e do Espírito Santo até o dia 26", diz o aviso

Publicado em 23 de março de 2019 às 12:39

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Marinha estende prazo da possível formação de um ciclone na costa do Espírito Santo e Litoral Sul da Bahia. (Windy | Reprodução)

Em alerta emitido nesta sexta-feira (23), a Marinha do Brasil estendeu o prazo de atuação de um possível ciclone tropical, que pode se formar a partir deste sábado (23) na costa do Espírito Santo e litoral sul do Estado da Bahia. "O ciclone pode permanecer atuando no litoral sul do estado da Bahia e do Espírito Santo até o dia 26", diz o aviso de atenção.

Antes, a previsão era de que o ciclone poderia atuar até este domingo (24). Se a intensidade do fenômeno, denominado pelo órgão como "Depressão Tropical", ultrapassar rajadas de vento superiores a 61 km/h, ele poderá ser batizado como "Iba", expressão em tupi-guarani que significa "ruim".

O fenômeno está associado à convergência dos ventos sobre uma região em que a temperatura da superfície do mar se encontra entre 29ºC e 30ºC, acima de sua média climatológica para o mês. São esperados ventos fortes nas proximidades do Litoral Sul do Estado da Bahia e do Espírito Santo, podendo atingir 102 km/h em alto-mar, no setor Leste do ciclone, e 61 km/h junto à costa, durante todo o período de atuação do ciclone.

MAR GROSSO

O alerta informa ainda que "há previsão de mar grosso a muito grosso, com alturas de ondas entre 3,0 e 5,0 metros em alto-mar e possibilidade de ocorrência de ressaca atingindo a costa entre Linhares (ES) e Porto Seguro (BA), com ondas entre 2,5 e 3,0 metros, estendendo-se ao Sul deste trecho até Vitória (ES) e ao Norte até Salvador (BA), com ondas até 2,5 metros, entre o dia 23 pela manhã e o dia 24 à noite".

E reforça: "A condição de tempo severo provocada por este sistema ocorrerá principalmente em alto-mar, associada à chuva intensa".

QUAL O EFEITO DO FENÔMENO NO ESPÍRITO SANTO E NA BAHIA?

De acordo com a meteorologista Josélia Perogim, do Instituto Climatempo, é preciso esclarecer que a maior instabilidade, as áreas de chuva mais fortes e as rajadas de vento ficarão sobre o mar — mas independente da intensificação da baixa pressão atmosférica, a circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera vai forçar a concentração de umidade e calor sobre o Norte e Leste de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo neste fim de semana.

Por este motivo, nuvens carregadas já atuam nestas áreas e vão continuar no céu capixaba pelos próximos dias, com risco de raios e chuva forte. 

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Mesmo que não se concretize o ciclone, algumas regiões capixabas e do sul baiano poderão sentir ventos moderados a fortes e pancadas de chuva isoladas também moderadas a fortes. As rajadas mais intensas devem ocorrer sobre o oceano e o mar tende a ficar muito agitado, perigoso para a navegação

Josélia Pegorim
Meteorologista do Instituto Climatempo
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COMO É A FORMAÇÃO DE UM CICLONE?

Um ciclone surge por conta da formação de uma área de baixa pressão atmosférica e de forte intensidade. Para que ele evolua para um um furacão, por exemplo, é preciso que essa área de baixa pressão seja mais intensa e com ventos mais fortes, dependendo, ainda, da temperatura dentro da área do fenômeno. 

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Por conta desta formação de área com baixa pressão atmosférica, o ciclone pode se formar. Caso isso aconteça, o ES pode esperar por chuva forte e ventos de mais de 118 km/h em alto-mar. Por enquanto, estamos com o alerta especial de chuva forte sobre o Espírito Santo porque tem uma frente fria próxima ao litoral do Estado

Josélia Pegorim
Meteorologista do Climatempo
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Josélia explica, ainda, que existem ciclones tropicais, ciclones subtropicais e extratropicais. Todos eles são sistemas de baixa pressão atmosférica onde o ar se movimenta no sentido horário, no Hemisfério Sul, e no sentido anti-horário, no Hemisfério Norte.

"Ciclones são associados com grandes áreas de nuvens carregadas que provocam chuva intensa. A diferença de pressão atmosférica entre o centro do sistema e a porção mais externa aumenta a velocidade do vento", detalha. Dependendo da velocidade dos ventos, os ciclones são classificados de forma especial.

Depressão tropical: vento (máximo sustentado de até 33 nós - 61 km/h);

Tempestade tropical: vento (máximo sustentado de 34 nós - 62,9 km/h a 116,5 km/h);

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Furacão: vento (sustentado de 64 nós ou maior - 118,4 km/h ou maior).

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