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Remédios ficam mais caros a partir deste domingo

Remédios ficam mais caros a partir deste domingo

Reajuste pode ser de até 4,33%. Veja dicas de como economizar

Publicado em 30 de março de 2019 às 10:40

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Farmácia: medicamentos vão ficar mais caros. (Marcelo Prest)

Prepare o bolso, pois foi autorizado que todos os medicamentos fiquem mais caros a partir de amanhã. O reajuste anual, que em 2019 pode ser de até 4,33%, é estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e se deu acima da inflação, que foi de 3,75% em 2018. A atualização de preço pode ser aplicada em todos os tipos de medicamento, exceto naturais.

Para o orçamento não ficar tão comprometido, é possível seguir algumas dicas para economizar. A principal delas é pesquisar onde tem o menor preço. Segundo o presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado (Sincofaes), Edson Daniel Marchiori o reajuste pode ser aplicado gradativamente.

“Algumas farmácias têm estoque e conseguem segurar o preço atual. Outras, aplicam o reajuste a partir da data autorizada. A porcentagem de aumento também varia: medicamentos mais procurados, tendem a ser reajustados na taxa máxima, enquanto os menos procurados devem ser reajustados em um valor menor”, explica Marchiori. Por isso, para ele a melhor solução é gastar sola de sapato atrás do menor preço.

“A melhor dica é pesquisar. Ir atrás de descontos. Acredito que todos os laboratórios devem reajustar os valores, por isso, é interessante ver os descontos que as farmácias darão os consumidores”, aconselha.

 

Já o doutor Wellington Dias, representante do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Espírito Santo (CRF-ES) diz que optar pelos medicamentos genéricos ainda é uma boa forma de economizar. O ideal é buscar pela substância e não pela marca.

“O paracetamol, por exemplo, está disponível no mercado com vários custos e de vários laboratórios. Tem o de marca, que tende a ser mais caro e tem o genérico, que vai ter o mesmo efeito só que gerando maior economia”, exemplifica.

Outra orientação que o especialista dá é praticar o consumo racional.

“A gente sempre orienta a não comprar medicamentos demais. Se o médico recomendou usar por 60 dias, não compre a mais. Ao fazer isso, o consumidor corre o risco de o remédio sobrar e ainda ser descartado, aí é dinheiro indo pro lixo”, afirma.

Outra alternativa é se cadastrar nos programas de fidelidade das farmácias, que oferecem cerca de 5% de desconto. É aconselhável, também, checar as parcerias, já que muitas drogaria oferecem desconto para planos de saúde.

Recorrer ao programa “Aqui tem Farmácia Popular” também é uma forma de conseguir remédios de alto custo com até 90% de desconto. São oferecidos medicamentos gratuitos para várias doenças.

Aumento pode ser de poucos centavos a R$ 10

O máximo de reajuste que os medicamentos podem sofrer é de 4,33%. Os remédios mais procurados devem ser reajustados ao máximo. Por isso, medicamentos como Dorflex - que lidera a lista de remédios mais vendidos - e o Xareleto (um anticoagulante que está em segundo lugar na lista) ficarão mais caros.

O primeiro, sem o reajuste é vendido a R$ 4,50 (a cartela com 10 comprimidos), reajustado, ele vai para R$ 4,70. Já o aumento no Xareleto deve ser mais sentido no bolso. Atualmente, ele pode ser encontrado no valor de R$ 224,50 (caixa com 28 comprimidos), a partir de amanhã, o novo preço dele pode chegar a R$ 234,20. Ainda estão na lista a vitamina Adera D (de R$ 36,84 para R$ 38,43) e o Aradois, contra hipertensão que deve passar de R$ 40 para R$ 41,79.

 

Como economizar

Preços - Atualização

A rede de Farmácias Santa Lúcia manterá o preço atual dos medicamentos até o dia

7 de abril. Nas Drogarias Pacheco, o reajuste passa a valer no dia 1º de abril. A Drogasil e a Pague Menos não informaram se vão manter os preços.

Economize - Pesquisa

A principal dica dos especialistas é que o consumidor pesquise bastante e compare os preços dos medicamentos antes de comprar.

Cadastros

Muitas farmácias oferecem programa de fidelidade aos clientes cadastrados, assim, são oferecidos descontos nas compras. Por isso, afirmam especialistas, esse cadastro deve ser feito.

Farmácia popular

Recorrer ao programa “Aqui tem Farmácia Popular” também é uma forma de conseguir remédios de alto custo com até 90% de desconto. São oferecidos medicamentos gratuitos para hipertensão (pressão alta), diabetes e asma, além de medicamentos com até 90% de desconto indicados para dislipidemia (colesterol alto), rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma.

Genéricos

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Especialistas aconselham que o paciente procure pela substância e não pela marca do remédio. O paracetamol tem uma marca mais famosa e um genérico, mais em conta. Por isso, consulte com seu médico a possibilidade de substituição.

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