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Ações de sustentabilidade serão premiadas no Prêmio Biguá

Ações de sustentabilidade serão premiadas no Prêmio Biguá

Oitava edição de premiação da Rede Gazeta foi lançada em Cachoeiro de Itapemirim

Publicado em 27 de abril de 2019 às 12:31

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O evento contou com a presença do jornalista especialista em meio ambiente, André Trigueiro. (WALLACE HUll)

“Eu quero que vocês entrem em pânico, nossa casa está em chamas.” A frase impactante é da jovem ativista ambiental sueca Greta Thunberg e foi dita na abertura do Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça, diante de grandes líderes mundiais, neste ano. A mesma frase foi usada pela diretora da Rede Gazeta em Cachoeiro de Itapemirim, Maria Helena Vargas, ontem na abertura da cerimônia de lançamento do Prêmio Biguá de Sustentabilidade 2019, para chamar a atenção para a urgência de recuperar e cuidar dos recursos ambientais.

“O objetivo do Prêmio Biguá é mostrar para a sociedade que há formas de produzir e viver preservando o meio ambiente. Temos premiado projetos importantíssimos, que fazemos questão de divulgar em nossos canais para que sirvam de exemplo para a sociedade”, disse ela.

Mais de 30 projetos já foram premiados, desde 2012. Neste ano, o Troféu Biguá chega a sua oitava edição, com seis categorias: produtor rural, sociedade civil, escola, ensino superior, prefeitura municipal e empreendedor ambiental. As inscrições de projetos de preservação executados no Sul do Espírito Santo poderão ser feitas de 27 de abril a 30 de julho, pelo site www.premiobigua.com.br, na sede da Rede Gazeta em Cachoeiro de Itapemirim, ou nos escritórios do Incaper, o Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural.

A cerimônia de lançamento aconteceu no auditório do Sest Senat, em Cachoeiro, e contou com a presença de empresários, representantes de entidades envolvidas na questão ambiental e autoridades.

Na prática

O jornalista especialista em meio ambiente, André Trigueiro, foi o palestrante do evento. Ele destacou a importância da iniciativa. “Prêmio é reconhecimento, implica em visibilidade. Visibilidade inspira outros a fazerem o mesmo”, destacou.

O tema da palestra foi “Sustentabilidade na prática”. Trigueiro lembrou que de toda água no país, 70% estão concentradas no Norte brasileiro, onde vivem apenas 8% da população. Enquanto isso, em outras regiões mais populosas, a falta de água é crescente.

“Não é uma tarefa apenas de governos, de empresa, a gente está falando de igrejas, sindicatos, associações, mídia, escolas, universidades, pessoas físicas, todos nós, sem exceção. Todos nós precisamos fazer a nossa parte. Nós somos profundamente dependentes dos recursos naturais não renováveis fundamentais à vida e eles estão em risco.”

Captação de água

Ele apontou caminhos como a captação da água de chuva nas edificações, além do reúso da água. Segundo ele, é possível enxergar utilidade para o lixo e até mesmo para o esgoto - o que já é feito por alguns produtores rurais, por exemplo, através de biodigestores que transformam os excrementos em fertilizantes naturais.

Outro destaque foi a apresentação dos resultados obtidos desde a criação do Pacto pelas Águas - um compromisso pela preservação do meio ambiente que reúne diversos atores da sociedade, firmado há um ano na Região Sul. Após a assinatura do documento, foi criado o Instituto Pacto Pelas Águas Capixabas.

Segundo a presidente do Instituto, Maria Helena Vargas, o principal objetivo é valorizar o produtor rural e oferecer meios para que ele colabore com a conservação e recuperação das águas. O instituto é responsável por articular parcerias com o poder público e privado, para oferecer assistência técnica, material e em alguns casos específicos, o pagamento por serviços ambientais.

É o que está acontecendo em Atílio Vivacqua, onde foi implantado o projeto piloto. “Uma situação crítica que aconteceu no nosso município anos atrás fez com que a gente pensasse em algo para salvar as nossas águas”, explica o prefeito de Atílio Vivacqua, Josemar Machado.

Seis produtores rurais do município estão participando. O próximo passo é levar o projeto para a cidade de Mimoso do Sul. “Já estamos com o projeto iniciado em parceria com a escola do Mepes (Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo), para levar o mesmo modelo. Está sendo feito um levantamento das áreas degradadas para implantar o mesmo projeto lá”, explica o diretor técnico do Instituto, José Arnaldo de Alencar.

NOVA EXPEDIÇÃO EM BACIA

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A Expedição do Rio Itapemirim voltará a acontecer este ano. O projeto, que começou há cerca de 15 anos, está sendo resgatado pela TV Gazeta Sul. No dia 3 de junho, uma equipe formada por 20 profissionais da área ambiental e por jornalistas vai começar a percorrer a bacia do Rio Itapemirim, que compreende 17 municípios. Além de produção de material para a TV Gazeta Sul, a expedição, que fará um diagnóstico das mudanças na bacia, será base para um seminário com seus resultados.

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