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'Alagamento sempre vai existir em Vitória', diz secretário de Obras

"Alagamento sempre vai existir em Vitória", diz secretário de Obras

Secretário de Obras diz que, apesar de intervenções, problema continua

Publicado em 16 de abril de 2019 às 02:28

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Hudson Vasconcelos, a mulher dele e a filha de nove meses entre os destroços do imóvel em que moravam. (Marcelo Prest)

Há exatamente um ano, Vitória vivia situação semelhante a da madrugada desta segunda-feira (15): em um curto período de tempo, o volume de chuvas foi bastante superior ao estimado para o dia e vários pontos de alagamento se formaram pela cidade. Mas, se esse é um cenário recorrente, era de se esperar que houvesse ações para acabar com o problema. Projetos até existem, só que os alagamentos também vão continuar.

É o que admite o secretário municipal de Obras e Habitação da Capital, Sérgio Sá: “sempre vai haver problemas de alagamento em algumas áreas da cidade”.

Ele aponta que, mesmo que todas as intervenções do sistema de drenagem já estivessem concluídas, não seria o suficiente para zerar os episódios de alagamento. O problema, segundo ele, é o fato de Vitória ser altamente impermeável, ou seja, grande parte das vias é coberta por asfalto, dificultando o escoamento da água.

“Continuamos investindo em drenagem, é um trabalho contínuo. Mas, quando o volume de água é muito elevado numa cidade totalmente impermeável, a água não desce. Se fosse sem asfalto, desceria para o lençol freático. Então, sempre vai haver problemas de alagamento em algumas áreas da cidade, mesmo com todo o sistema pronto, se tiver precipitações (chuvas) acima da média”, observa.

O município já realizou obras de drenagem nas bacias de Jardim Camburi, Mata da Praia, Morada de Camburi, República, Jabour, Joana D’Arc e 17 bairros da Grande Maruípe. Entre outros investimentos, foram construídas galerias e estações de bombeamento de água. Essa estrutura, segundo Sérgio, permite que o escoamento seja rápido, tão logo pare de chover.

“Temos a maior estação da América Latina, a Cândido Portinari, bombeando 35 mil litros de água por segundo. Somada às outras, totalizamos 53 mil. E há mais obras para serem realizadas para minimizar os problemas da população”, acrescenta o secretário.

São intervenções de drenagem e contenção de encostas para as quais estão sendo captados recursos. “Esse é um trabalho do poder público, mas precisamos da colaboração da população, não jogando lixo em local e horário impróprios.”

AÇÕES

Para Vila Velha, onde os alagamentos também são frequentes, o governo do Estado vai abrir, na próxima semana, licitação para elaboração de projetos de macrodrenagem nas bacias dos canais da Costa, Guaranhuns, Aribiri e Marinho. Atualmente, está em andamento obra na bacia do Congo, na Grande Terra Vermelha.

Na Serra, a região de Jacaraípe deixou de enchentes a partir da drenagem no rio de mesmo nome. “Foram quatro anos de obras e mais de R$ 15 milhões investidos para conseguir esse resultado”, ressalta o prefeito Audifax Barcelos.

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Há outras obras em andamento, e o monitoramento de ocupações irregulares em áreas de preservação ambiental e de encostas é constante.

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