Desníveis na calçada e buracos na ciclovia. Esses são alguns dos problemas encontrados na orla das Praias da Costa e de Itapõa, em Vila Velha. Idosos e pessoas com dificuldade de locomoção são os que mais sofrem com os buracos pelo caminho.
Frequentador assíduo da Praia da Costa, Clésio Ribeiro, 42 anos, que é tetraplégico, diz que não é fácil transitar pelo calçadão ou pela ciclovia com a cadeira de rodas. Há desnível na calçada e na ciclovia por causa das raízes das árvores. Elas crescem e estufam o calçamento, disse.
O professor Maurício Nascimento também reclama. Ele conta que é preciso caminhar com atenção para não cair. Não sei se essa calçada permite nivelamento, mas se não permitir, o ideal é retirar e colocar outro piso. Os mais idosos e as crianças sofrem muito. É um tropeção atrás do outro, contou.
Morador de Itapõa, o professor e cicloativista Fernando Braga diz que não há espaço adequado para pedestres e ciclistas na orla. Além dos buracos e desníveis na calçada, ele diz que a ciclovia não tem a largura ideal e que em alguns trechos, o calçadão fica muito estreito. Ele também relata que entre Itapoã e Praia da Costa só há um bicicletário.
A pessoa não consegue passear de cadeira de rodas por causa do piso irregular, dos obstáculos. São quedas constantes nas calçadas. As pessoas mais idosas e com baixa visão sofrem muito. Além disso, a largura da ciclovia não é adequada para ser bidirecional. Ela é estreita, isso traz um conflito muito grande, explicou.
Para Fernando, o ideal seria que a prefeitura eliminasse as vagas de estacionamento ao longo da orla para ampliar o calçadão e a ciclovia. É isso que está sendo feito no Brasil e no mundo há mais de duas décadas. Isso foi feito na orla do Rio de Janeiro, em mais de 30 quilômetros de praia. Todos os estacionamentos de frente para o mar do Recreio até o Leme foram retirados.
Por nota, a prefeitura de Vila Velha disse que uma equipe da secretaria de Obras monitora e realiza a manutenção da ciclovia e do calçadão da orla. Disse que os desníveis no calçadão exigem obras mais complexas com um custo elevado e projetos executivos específicos, por isso, ainda devem ser inseridas no orçamento do município.
Quem constatar alguma irregularidade na orla do município pode solicitar o reparo através da Ouvidoria Municipal, no telefone 162.
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