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Com muita dança e cor, bandas de Congo se apresentam em Cariacica

Com muita dança e cor, bandas de Congo se apresentam em Cariacica

O evento é uma manifestação da cultura afro-brasileira e de influência indígena. Nele, é evidenciado a figura folclórica de João Bananeira, que com rosto coberto pela máscara e corpo tapado com folhas secas de bananeira, se junta ao cortejo do congo

Publicado em 29 de abril de 2019 às 17:57

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Carnaval de Congo de Máscaras. (Raquel Lopes)

Em meio ao som de tambores, casacas, apitos, cuícas e buzinas que 17 bandas de Congo se apresentaram no Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D'Água, em Cariacica, em homenagem a Nossa Senhora da Penha. Assim como em todos os anos, a festa acontece no feriado da padroeira do Espírito Santo, comemorado, neste ano, nesta segunda-feira (29).

O evento é uma manifestação da cultura afro-brasileira e de influência indígena. Nele, é evidenciado a figura folclórica de João Bananeira, que com rosto coberto pela máscara e corpo tapado com folhas secas de bananeira, se junta ao cortejo do congo. O mistério da personagem está em não divulgar quem está por trás da máscara, sendo revelado somente ao final da apresentação.

Com muita dança e cor, o evento foi dividido em três momentos: começou com o cortejo à Nossa Senhora da Penha, na sede da banda de congo do Mestre Tagibe. Em seguida, foi realizada a missa. Após mais um cortejo, começaram os shows e o encontro das bandas de Cariacica, Vila Velha, Serra e Vitória.

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O aposentado Expedito Andrade, de 74 anos, tradicionalmente leva a Banda de Congo Santo Expedito para se apresentar na festa. Ele é o responsável por confeccionar todos os instrumentos tocados por cerca de 40 integrantes. Já a roupa fica por conta da Associação de Bandas de Congo (ABC).

“Já viajamos por muitos estados brasileiros para apresentações, como Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Não há evento melhor que este, é a força de Nossa Senhora da Penha que está presente neste local”, destacou.

O enfermeiro Jalberth de Oliveira Bergaminho, de 23 anos, é um dos coordenadores da Banda de Congo São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, que possui cerca de 30 integrantes. A banda tem mais de 100 anos, ele aprendeu a tradição com os avôs e tios. “Eu gosto do evento, faço parte desde os sete anos”, pontuou.

Carnaval de Congo de Máscaras. (Raquel Lopes)

As bandas de congo todos os anos são destaque do dia de Nossa Senhora da Penha. Em Vila Velha, diversos grupos sobem o Convento da Penha. Nos dois lugares entre as músicas mais cantadas está: “Iaiá, você vai à Penha? Me leva, ô. Me leva”, canção antiga em homenagem a santa, acredita-se que a música é cantada desde a época da escravidão no Brasil.

TRADIÇÃO 

Para a vice-governadora, Jaqueline Moraes, a festa ajuda a valorizar a cultura do Estado. “Isso representa a cultura do Estado e da região de Cariacica, além de fortalecer a comunidade. Na região de Roda D'água as famílias se mantêm trabalhando o ano todo com o Congo”, pontuou.

O Prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia de Oliveira Junior, também participou do evento, assim como a secretária de cultura, Renata Rosa Weixter. Ela também destacou a importância do congo para a região.

“O congo na região é passado de geração para geração. O evento já teve vários formatos, mas sempre acompanhado da missa. Ele teve início porque as pessoas da região são muito devotas de Nossa Senhora da Penha e como não podiam ir até o convento por causa da distância, decidiram fazer a festa na região”, destacou.

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