Os milhares de fiéis que acompanham todos os anos as celebrações da Festa da Penha no Espírito Santo já se acostumaram a ver a imagem de Nossa Senhora da Penha coberta por tecidos nas cores da bandeira do Espírito Santo: a veste rosa, o manto azul e o menino Jesus, no colo da padroeira, vestido com roupa branca.
Mas nem sempre essa foi a combinação de cores usadas para vestir a santa durante as procissões. A Festa da Penha no Espírito Santo teve sua primeira edição no Século XVI, em 1571. Por mais de quatrocentos anos a santa foi retratada com um manto azul cobrindo sua cabeça, mas a veste que cobria seu corpo era branca.
O Frei Paulo Roberto Pereira, Guardião do Convento da Penha, explica que o uso da cor rosa para a veste só foi adotado no final da década de 1980, apenas no Espírito Santo, para que a junção das cores reforçasse a ligação da santa com o estado.
"Olhando a imagem da Virgem da Penha, Nossa Senhora das Alegrias, então logo fala que é do nosso estado, é a mãe padroeira do nosso estado. Essa identificação é muito favorável para a evangelização e para a missão que a gente quer fazer: a proteção de nossa senhora, o olhar materno de Deus na direção dos seus filhos e filhas", explicou o frei.
O frei também explica que o Convento da Penha é um local de devoção para a Santa Nossa Senhora das Alegrias e que o nome Penha tem relação direta com a sua localização geográfica.
"Se fossemos dizer o nome completo de Nossa Senhora da Penha deveria ser Nossa Senhora das Alegrias do Penhasco. Em vez de dizermos Nossa Senhora das Alegrias da Penha ou Penhasco, a gente diz Nossa Senhora da Penha, mas aqui se venera Nossa Senhora das Alegrias", disse o Frei.
Com o tema Eis aqui a serva do Senhor, a maior festa religiosa do Espírito Santo, a Festa da Penha, acontece entre os dias 21 e 29 de abril. A expectativa é para que a festa reúna 2 milhões de fiéis. A comemoração é considerada pela Igreja Católica como a terceira maior festa religiosa do Brasil, ficando atrás somente da comemoração que homenageia a Padroeira do Brasil, em Aparecida (São Paulo), e do Círio de Nazaré, em Belém, no Pará.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta