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Polícia Civil volta a fazer perícia em creche de Vila Velha

Polícia Civil volta a fazer perícia em creche de Vila Velha

Na última terça-feira (02), peritos e agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deixaram o local após seis horas dentro da unidade de ensino

Publicado em 4 de abril de 2019 às 15:04

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Peritos volta na creche particular de Vila Velha. (Eduardo Dias)

Peritos da Polícia Civil retornaram no final da manhã desta quinta (04) à creche particular na Praia da Costa, em Vila Velha, onde é investigado um surto de infecção intestinal. Na última terça-feira, dia 2, peritos e agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deixaram o local após seis horas dentro da unidade de ensino.

Naquela ocasião, a perícia analisou a área do chafariz, salas de aula e coletou diversos objetos como brinquedos e roupas de cama de bebês, que estavam em sacolas. A perícia foi motivada pela morte de um dos alunos da creche, um menino de 2 anos, que teve morte cerebral declarada em 27 de março. A intenção dos investigadores é saber se houve negligência por parte dos proprietários.

HIDRÁULICA

Também foram à creche ontem engenheiros da Prefeitura de Vila Velha e técnicos da Secretaria de Saúde. Eles avaliam o projeto hidráulico da creche para averiguar se há uma relação entre a água consumida na unidade com a que era usada na área onde os proprietários fabricavam cerveja – o local ficava atrás da instituição, separado por um portão.

Segundo a Polícia Civil, o prazo para que os laudos periciais sejam concluídos é de, no mínimo, 20 dias.

QUEBRA-CABEÇA

O coordenador do Laboratório Central da Saúde Pública (Lacen), Rodrigo Rodrigues, no entanto, diz que ainda há muitos testes a serem feitos antes que seja possível dizer exatamente o que causou o surto. “Estamos montando um grande quebra-cabeça, mas não temos como saber quando essa investigação vai terminar. No laboratório, estamos tentando acelerar ao máximo os processos”, afirma.

Ainda segundo Rodrigues, não é possível dizer se a bactéria encontrada nas amostras de duas crianças – a E.coli enterohemorragica – está presente em algum outro local da creche. Mas ele diz que algumas amostras já deram negativo para essa bactéria como a da água da Cesan; a água e comida do quiosque onde duas crianças afetadas lancharam antes do surto; e carne de boi, de frango e outros alimentos coletados na instituição.

Até o momento, na creche, foi encontrada E.coli (ainda sem tipo específico identificado) na torneira de uma área onde era produzida cerveja, e coliformes totais na água do chafariz, onde as crianças brincavam.

BACTÉRIA EM DUAS CRIANÇAS

E.coli Enterohemorrágica

O que é

É uma bactéria que ataca o intestino e provoca diarreias com sangue. Ela ainda secreta uma toxina, conhecida como Shiga, que atinge ainda rins e cérebro, podendo levar à morte.

Onde vive

A bactéria vive normalmente no intestino de animais, especialmente bovinos. A contaminação ocorre por ingestão de comida ou água contaminadas com as fezes desses animais.

Gravidade

A toxina produzida pela bactéria provoca Síndrome Hemolítico-Urêmica, que é considerava perigosa, principalmente para crianças. Estudos estimam que entre 10% e 15% dos infectados evoluem para essa forma mais grave.

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