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Surto em creche: análise em chafariz pode estar 'equivocada'

Surto em creche: análise em chafariz pode estar 'equivocada'

Avaliação é dos donos da unidade escolar; segundo eles, local já estava desativado e foi usado como depósito de brinquedos durante higienização

Publicado em 1 de abril de 2019 às 21:56

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Chafariz em creche interditada de Vila Velha. (Eduardo Dias)

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (01), os proprietários da creche Praia Baby afirmaram que o local onde fica o reservatório de água do chafariz estava sendo utilizado como depósito na época em que a prefeitura fez coleta da água para análise. Segundo informações do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen), na água da cisterna do brinquedo foram identificados mais de 200 colônias de coliformes totais por 100 ml de amostra. 

Segundo o estabelecimento, o chafariz, chamado de Acqua Play, estava sendo utilizado como depósito de brinquedos naquele momento para que os proprietários fizessem uma limpeza na creche, após os relatos de casos de diarreia. "A coleta de materiais naquele período (em que estava desativado e sendo utilizado como depósito de brinquedos para que uma ampla higienização fosse realizada) pode levar, portanto, a análises laboratoriais equivocadas", diz a nota. 

Segundo a secretaria de Saúde de Vila Velha, tudo leva a crer, segundo a prefeitura, que a contaminação tenha ocorrido pela água.“Temos que a causa do surto é a bactéria E.coli e a transmissão foi por contaminação da água”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Jarbas de Assis. Os exames que vão esclarecer o caso ainda estão em análise no Laboratório Central de Saúde Pública. 

No comunicado, a creche informa ainda que está com os alvarás em dia e que o brinquedo citado "passou por vistorias da Vigilância Sanitária municipal, todas elas sempre aprovadas."

Na última semana, em investigação no local, agentes da Vigilância Sanitária e Ambiental encontraram equipamentos para produção de cerveja artesanal instalado nos fundos da creche. Além disso, eles perceberam que a água utilizada no brinquedo Acqua Play era reutilizada, e não corrente.  

Veja nota na íntegra

NOTA DA CENTRO EDUCACIONAL PRAIA BABY À IMPRENSA

Diante das informações que têm sido veiculadas, os proprietários do centro educacional esclarecem que :

- São solidários à dor da família do aluno Theo e estão prestando toda atenção e informação aos demais familiares de alunos a respeito das apurações em curso;

- Todas as documentações da creche e alvarás da vigilância sanitária estão rigorosamente em dia. O cuidado com a limpeza e a higiene do local sempre foi uma prioridade. A creche, inclusive , sempre foi citada por técnicos da vigilância sanitária como modelo para outros estabelecimentos do mesmo porte;

- Assim que alguns pais relataram casos de diarréia em um grupo inicial de três alunos, foi a própria creche que procurou o setor de Epidemiologia da Prefeitura de Vila Velha e tomou a iniciativa de suspender temporariamente as aulas, agindo sempre com responsabilidade e respeito aos pais e alunos;

- O estabelecimento existe há sete anos, sendo que há quatro foi instalado o aparelho chamado Acqua Play, utilizado esporadicamente e com o devido preparo prévio de higienização. Durante todos esses anos a creche passou por vistorias da Vigilância Sanitária municipal, todas elas sempre aprovadas. Os ajustes que eventualmente foram solicitados, como a regular troca de filtros, sempre foram obedecidos de forma responsável;

- As amostras coletadas no Acqua Play foram feitas durante o período em que a creche estava temporariamente fechada - por decisão própria - e o brinquedo estava desativado. O Acqua Play havia sido utilizado, inclusive, como depósito de brinquedos naquele momento para que os proprietários fizessem uma ampla higienização da creche, ocorrida após os relatos de casos de diarréia. A coleta de materiais naquele período (em que estava desativado e sendo utilizado como depósito de brinquedos para que uma ampla higienização fosse realizada) pode levar, portanto, a análises laboratoriais equivocadas;

- O espaço anexo ao fundo da creche era devidamente isolado e servia como depósito de material particular dos proprietários. Os alunos nunca tiveram acesso a esse espaço, que sempre passou também por rigoroso processo de limpeza;

- Câmeras de monitoramento sempre foram conectadas aos celulares dos pais dos alunos, que podiam fazer a supervisão em tempo real de todos os procedimentos que aconteciam na creche. A transparência dos nossos atos sempre foi uma prioridade;

- Aproveitamos para agradecer aos pais de alunos que, em respeito ao nosso trabalho e solidários ao momento difícil que estamos atravessando, utilizaram as redes sociais no fim de semana para prestar apoio e confiança;

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- Respeitamos o trabalho que vem sendo realizado pela Prefeitura de Vila Velha. Somos os principais interessados numa apuração rápida e isenta dos fatos, sem sensacionalismo. Já há muito sofrimento para todos os envolvidos .

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