As chuvas fortes que atingiram o Estado, neste sábado (18), também trouxeram destruição e prejuízos ao abrigo de animais Patinhas Carentes, que fica no bairro Santa Lúcia, em Vitória. Segundo uma das responsáveis pelo abrigo, a estudante de veterinária Sara Resende Mesquita de Freitas, 19, a água invadiu o local e chegou na altura do joelho. Dois filhotes de cachorro acabaram morrendo afogados.
Foi uma sensação de desespero e impotência de ver os animais e não poder fazer muita coisa. Foi horrível chegar lá e ver tudo alagado, todo o nosso esforço indo embora, afirma Sara.
O local abriga de 30 a 40 animais, entre cães e gatos. Eles conseguiram ser remanejados para lares temporários. Muitas coisas materiais do abrigo foram perdidas no alagamento. Perdemos ração, cobertores, caminhas e até os remédios que usamos para o tratamento dos animais, disse Sara.
A notícia logo se espalhou pelas redes sociais, e a professora Jéssica Clements não pensou duas vezes na hora de ajudar. Quando eu soube da situação fui correndo para o local, para poder ajudar de alguma forma. Eu acho muito importante ajudar, pois os animais dependem muito da gente, principalmente os animais de abrigos, que muitas vezes são animais doentes e que precisam de tratamento, disse Jéssica.
AJUDA
O Patinhas Carentes, desde 2008, faz o trabalho de acolhimento, tratamento de animais doentes e ajuda a encontrar um lar para os bichinhos. Por conta das fortes chuvas e da perda de vários materiais, o abrigo pede ajuda. Materiais de limpeza e panos para aquecer os animais são as coisas mais urgentes neste momento. Quem quiser ajudar pode entrar em contato através do número (27) 99844-5828.
RELATO DO REPÓRTER
"Eu estava em casa quando recebi a mensagem de uma amiga falando que o abrigo estava debaixo d'água e que eles estavam desesperados pedindo ajuda. Não pensei duas vezes e fui. Chegando lá, a água tinha baixado um pouco, mas ainda estava na altura da minha canela. Animais estavam assustados e tremendo de frio. Alguns foram colocados dentro de uma caixa d'água, que foi improvisada para protegê-los. Algumas pessoas estavam ajudando, mas a tristeza era nítida no olhar de cada uma. Eles perderam medicamentos, perderam ração, perderam caminhas, perderam lençóis, perderam dois cachorrinhos que morreram afogados. Esta com certeza foi a dor maior. Mas no meio do caos, a bondade das pessoas e a esperança prevaleceram, e me marcou ouvir da boca de uma das responsáveis que, a partir de agora, é erguer a cabeça e ter muita força e determinação para continuar por aqueles que ainda precisam."
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