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De dread e chinelos, guia diz ter sido impedido de entrar em Transcol

De dread e chinelos, guia diz ter sido impedido de entrar em Transcol

O guia de monumentos naturais e trilhas, Patrick Castelo, filmou o momento em que ele tentou pegar um Transcol, na Praça dos Namorados, em Vitória, e não conseguiu

Publicado em 21 de maio de 2019 às 14:49

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O guia Patrick Castelo postou em sua rede social vídeo dizendo que ônibus não parou para ele no ponto. (Arquivo Pessoal/Montagem)

O guia de monumentos naturais e trilhas Patrick Castelo, de 35 anos, passou por uma situação constrangedora na manhã desta terça-feira (21) quando esperava um ônibus do sistema Transcol rumo à Serra.

Segundo Patrick, o veículo que faz o trajeto Campo Grande a Laranjeiras, da linha 515, ao chegar na baia referente ao ponto que ele estava, abriu as portas para os passageiros descerem e quando ele deu sinal o motorista se negou a abrir a porta para ele entrar. Patrick entrou na frente do ônibus e gravou as imagens denunciando a situação, por volta das 6h40 de hoje.

"Foi uma situação vexatória que passei. Eu cheguei de viagem do Rio de Janeiro na manhã desta terça e fui para o ponto para pegar o coletivo. A minha linha veio após dois ônibus e o motorista abriu a porta para os passageiros saírem, mas o motorista não abriu a porta. Pedi para abrir que eu ia entrar e ele me disse que já tinha parado lá atrás. Eu disse que ia entrar pela frente e ele foi arrancando. Eu me coloquei à frente do ônibus e fiz o vídeo", conta Patrick que se disse cansado de receber esse tipo de tratamento.

"Não é a primeira vez que isso acontece comigo. Já me deixaram para trás em ponto meia noite, ou então não param quando dou sinal. As pessoas chegam a atravessar a rua quando me vêem. Sou perseguido por segurança de supermercado. Isso tudo é muito triste, sou casado e minha esposa, quando está comigo, vê isso tudo. Eu uso dread, ando de chinelo de dedo e as pessoas ficam me chamando de "nóia". Hoje mesmo, os passageiros deste ônibus que não parou e de outros que passaram, me chamaram de nóia, me xingaram. É horrível ter que passar por isso", desabafa.

O guia acrescentou que desta vez não ligou para a empresa de ônibus para fazer uma reclamação por telefone. Fará de forma escrita.

"Um advogado me orientou para que eu envie minha reclamação por e-mail para que fique arquivado. Fui na delegacia e me orientaram a procurar o meio civil e isso que vou fazer."

Procurada pela reportagem, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb) informou que os motoristas são orientados a tratar os usuários do Sistema Transcol de forma cordial em todas as situações do a dia a dia. A Companhia já solicitou que o consórcio operador apure as circunstâncias do fato para que as medidas cabíveis sejam adotadas.

NOTA DA EMPRESA

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Procurada a empresa responsável pelo ônibus, foi informado o repúdio de todo tipo de preconceito e tratamento ruim para com os clientes. Manifestou ainda que todos os seus funcionários terão um reforço sobre o tema nos treinamentos. Sobre o motorista em questão, de acordo com a empresa, deverá ser penalizado e, em caso de reincidência, poderá ser demitido por justa causa.

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