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Demanda por guinchos cresce até 5 vezes e não para mesmo após chuvas

Demanda por guinchos cresce até 5 vezes e não para mesmo após chuvas

indenizações a carros atingidos por alagamentos são concedidas sem dificuldades, de acordo com profissionais da área. No entanto, há restrições para quem se arrisca e agrava o dano

Publicado em 21 de maio de 2019 às 23:47

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As fortes chuvas atingiram vários pontos da Grande Vitória . (Vitor Jubini)

A forte chuva do último fim de semana, que atingiu principalmente a Grande Vitória, causou prejuízos a muitos moradores. Além de móveis, muitos carros foram tomados pela água em dezenas de bairros. Com isso, donos precisam acionar serviços de emergência e empresas de guincho relatam um aumento significativo na demanda. Algumas chegaram a registrar cinco vezes mais chamados pelo serviço do que em dias comuns. Vila Velha despontou entre as regiões com maior demanda.

Demanda por guinchos cresce até 5 vezes e não para mesmo após chuvas

Diretor de uma empresa que presta, entre vários atendimentos, o serviço de guincho, Dalto Bozeti afirma que teve de reforçar a equipe com funcionários que estavam de folga e pagar hora extra para os que estavam escalados.

“O serviço aumentou na faixa de cinco vezes mais do que a gente está habitualmente acostumado a fazer. O pessoal está fazendo hora extra aqui para dar conta. Estamos trazendo funcionários de folga para fazer os atendimentos”, disse.

VILA VELHA EM DESTAQUE

Segundo ele, Vila Velha foi a cidade com o maior número de chamados. A região de Cobilândia, Itapoã e Praia da Costa foram os locais com mais acionamentos ao serviço de emergência. Até mesmo nesta terça-feira (21), três dias após o cessar das chuvas, as ligações não paravam de chegar. “Das ocorrências, 70% dos casos foi em Vila Velha. Ainda hoje (terça) tem gente ligando para guinchar os carros. Nosso pátio está lotado de veículos. De 60 a 70 carros só de alagamento”, contou.

Também proprietário de uma empresa de guinchos, Ronaldo Goulart afirma que o movimento dobrou, no mínimo. No entanto, ele precisou esperar o dia seguinte ao temporal para fazer os atendimentos. A água estava em um nível tão elevado, que em algumas localidades até o veículo de resgate ficaria em risco. “Eu não entrei tanto no dia da chuva, porque tinha muita água e estragava até o guincho, o carro de trabalho da gente. Aí acabei deixando para o outro dia”, contou.

Imagens de drone mostram os alagamentos que ainda atingem a Grande Cobilândia, em Vila Velha. (Internauta/Hemerson Oliveira)

SEGURO: RISCO EM ENFRENTAR O ALAGAMENTO

Muitos dos acionamentos de resgate a carros danificados pela água da chuva são realizados por meio dos seguros automotivos. Em quase todas as seguradoras, indenizações a carros atingidos por alagamentos são concedidas sem dificuldades. No entanto, há restrições para quem se arrisca e agrava o dano, como explica o corretor de seguros Christian Wolf.

“O fato do veículo estar estacionado em um local onde ocorre um alagamento não impede a indenização. A seguradora indeniza normalmente. Ela só nega mesmo naqueles momentos em que realmente não tem condição alguma de passar, é fácil de identificar, todos os carros estão parados e você tenta forçar a passagem naquele local. Identificando esse tipo de situação, a seguradora pode sim negar a indenização”, explicou.

Para evitar qualquer tipo de problema, o corretor alerta motoristas quanto ao nível da água, tendo a roda do carro como referência. “A referência é sempre o eixo do veículo. Se a água está acima do eixo, do centro da roda, é melhor não arriscar, porque a partir daí está correndo risco de causar danos ao veículo”, disse.

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Entre a última sexta e sábado, municípios da Grande Vitória registraram mais de 200 milímetros de chuva em 24 horas.

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