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'Não há responsabilização da creche', dizem donos da Praia Baby

"Não há responsabilização da creche", dizem donos da Praia Baby

A instituição aponta que os laudos apresentados na ocasião foram inconclusivos quanto a forma como a bactéria chegou à creche e disse que vai acionar a Justiça pelos danos causados à instituição

Publicado em 7 de maio de 2019 às 22:40

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Creche Praia Baby, na Praia da Costa, em Vila Velha. (Bernardo Coutinho)

A Creche Praia Baby, na Praia da Costa, em Vila Velha, onde ocorreu um surto de diarreia aguda em março deste ano, afirma que não há provas sobre a origem da contaminação ou “qualquer responsabilização da instituição de ensino, diferentemente do que fora anteriormente sugerido“. A declaração foi dada por meio de nota após apresentação de resultados da investigação da força-tarefa na Assembleia Legislativa do Estado nesta terça-feira (7).

Na audiência desta terça, as autoridades de saúde informaram que o surto também foi provocado pela contaminação por um vírus, o norovírus. Anteriormente, a bactéria E.Coli, encontrada em torneiras e em amostras de água na unidade havia sido apontada como única causadora os casos.

Na mesma nota, a instituição aponta que os laudos apresentados na ocasião foram inconclusivos quanto a forma como a bactéria chegou à creche. As autoridades também não indicaram, com certeza, qual a cepa da bactéria responsável pelos fatos. Segundo a administração da unidade, o trabalho da força-tarefa indicou que a creche foi apenas o ponto transmissor dos casos de gastroenterite.

A Praia Baby informou ainda que presta todo auxílio necessário às autoridades para que o caso seja esclarecido o mais brevemente possível. “Somos os maiores interessados em ver os fatos absolutamente esclarecidos. Sempre estivemos também inteiramente à disposição das autoridades municipal e estadual de saúde para esclarecimentos.”

A instituição afirmou ainda que realizou por conta própria exames laboratoriais independentes que não mostraram contaminação em nenhum dos pontos coletados. A creche afirma que planeja utilizar esses resultados para buscar retratação juntos à Justiça e à Polícia pelos danos sofridos.

LEIA NOTA NA ÍNTEGRA

A diretoria do Centro Educacional Infantil Praia Baby destaca os seguintes pontos do relatório final apresentado nesta terça-feira (7/05) pelas autoridades estadual e municipal de Saúde:

- O documento apresentado em sessão na Assembleia Legislativa se mostra inconclusivo sobre a forma como a bactéria apareceu na creche, bem como não se prestou a indicar, com certeza, qual a cepa da bactéria responsável pelos fatos objeto da investigação. Portanto, não há prova sobre a origem da contaminação e não há qualquer responsabilização da instituição de ensino, diferentemente do que fora anteriormente sugerido. Por conta do contato entre alunos, a creche, segundo as autoridades, foi apenas o ponto transmissor dos casos de gastroenterite;

- Todos os órgãos responsáveis pela apuração deixaram claro também que foi a atitude responsável adotada pela própria creche que evitou que a contaminação se disseminasse. No dia 22 de março, o primeiro contato foi feito com a Prefeitura Municipal de Vila Velha informando casos atípicos de diarréia na instituição de ensino;

- Conforme declaração do responsável pelo Laboratório Central do Estado, a decisão da diretoria da creche de suspender voluntariamente as aulas no dia 27 de março foi crucial para evitar que a contaminação atingisse número maior de crianças - a Prefeitura de Vila Velha somente determinou que o estabelecimento suspendesse suas atividades no dia 1º de abril;

- A fim de produzir contraprova, a diretoria da creche realizou uma bateria de quatro exames laboratoriais em vários pontos diferentes, durante todo o período de investigação, com duas empresas particulares independentes. Nenhum dos laudos mostrou qualquer ponto de contaminação na creche - fato que será apresentado à autoridade policial e oportunamente ao Poder Judiciário, visando à retratação e responsabilização pelos danos sofridos pela instituição de ensino.

- Prestamos todo auxílio ao delegado de polícia que preside as investigações, até porque somos os maiores interessados em ver os fatos absolutamente esclarecidos. Sempre estivemos também inteiramente à disposição das autoridades municipal e estadual de saúde para esclarecimentos;

- Por fim, destacamos que sempre tivemos certeza de qualidade do nosso trabalho tanto do ponto de vista educacional, quanto das técnicas de higiene que foram rigorosamente adotadas e que fizeram da nossa instituição de ensino referência nesses sete anos de funcionamento. Sofremos com julgamentos antecipados, declarações despreparadas - muitas vezes sensacionalistas - e divulgação de análises inconclusivas ao longo desses mais de 40 dias. Foram dias de muita dor, em especial com a perda de um querido aluno. Mas estamos de pé e agradecemos todo apoio que recebemos dos pais e mães durante esse período. Foi essa confiança que nos manteve e nos mantêm firmes em busca de justiça. É essa confiança que nos permite agora mostrar a verdade.

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