Apesar de afirmar que tem um plano de contingenciamento desde 2014, a Prefeitura de Cariacica não soube informar quantas pessoas, atualmente, vivem em áreas de risco. Na cidade, quatro pessoas estão desalojadas e não há ninguém desabrigado.
O secretário municipal de Defesa Social de Cariacica, Alexandre Ribeiro, afirmou que o mapeamento de pessoas que vivem em área de risco é complexo, porque a realidade muda em cada chuva.
É um trabalho que deve ser feito anualmente. O cenário que temos hoje é diferente do que foi mapeado no passado. Os números atualizados devem estar disponíveis em 15 dias, prometeu o secretário.
O que o mapeamento já identificou foram quatros bairros com situação mais crítica. Oriente, Itanguá, Bandeirantes e Flexal receberão serviços emergenciais. O principal deles, a instalação da geomanta - equipamento instalado em encostas para evitar deslizamento de terra.
Estamos tocando o processo para fazer essas melhorias o quanto antes. Enquanto isso, estamos fazendo serviços de limpeza urbana e assistência social, finaliza o secretário.
SERRA
Na Serra, há seis pontos que são monitorados semanalmente por conta do risco de deslizamentos. A ação consta no Plano Municipal de Redução de Risco, que existe desde 2016. São vistorias preventivas nas áreas de risco, explica o coordenador da Defesa Civil municipal, Antônio Coutinho.
Ele também não soube afirmar quantas pessoas residem nessas áreas.
É no bairro Hélio Ferraz, onde as casas são invadidas pelas águas da lagoa Pau-Brasil, que a situação é mais crítica. A lagoa fica ao lado da Vale. No sábado, os moradores do local afirmaram que o escoamento da água estava sendo prejudicada pelo fechamento das comportas da mineradora.
De acordo com Coutinho, uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente foi até a Vale e constatou que as comportas estão abertas. Ali é uma área de preservação. Em épocas sem chuva, os moradores aterraram e construíram as casas. Mas, naturalmente, quando chove, aquela área é alagada, afirma.
O coordenador afirmou ainda que a Secretaria de Habitação tenta incluir essas famílias em programas habitacionais, mas muitos se recusam a sair do local.
Hoje o município disponibiliza apartamentos no condomínio Ourimar. Mas, tanto nas áreas de alagamento quanto de deslizamentos, muitas famílias se recusam a ir, diz.
Até a noite de ontem, havia 60 pessoas desalojadas na Serra. Elas estavam abrigadas em casas de parentes. Não há registro de desabrigados.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta