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Protesto nas ruas de Vitória reúne 4,5 mil pessoas

Protesto nas ruas de Vitória reúne 4,5 mil pessoas

Professores e estudantes reuniram em Vitória para protestar contra os cortes da educação pela segunda vez

Publicado em 31 de maio de 2019 às 10:46

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Manifestações em Vitória. (Fernando Madeira)

Estudantes e professores da Universidade do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) se reuniram em Vitória para protestar contra os cortes da educação pela segunda vez. Pais e sindicalistas também participaram. Como foi feito no dia 15 de maio, eles se reuniram em dois grupos que saíram de pontos diferentes da Capital. Além do bloqueio de verbas para a educação do governo federal, também havia manifestações contra a reforma da Previdência.

A estimativa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi de que a manifestação em Vitória reuniu 4,5 mil pessoas.

No Estado, também foram registrados protestos em Itapina, em Colatina, e em Santa Teresa, onde alunos das unidades dos Ifes locais foram às ruas.

Caminhada

Manifestações em Vitória. (Fernando Madeira)

Na Capital, os manifestantes começaram a concentração a partir das 16h30 na Ufes e na praça de Jucutuquara, que fica próxima ao Ifes. Nos dois pontos, apesar da presença de sindicalistas, ativistas e professores das redes municipais, a maioria eram alunos e professores do instituto e da universidade.

Os dois grupos saíram em caminhada às 18h tendo a Secretaria de Estado de Educação (Sedu) como destino.

Saindo dos dois pontos, manifestantes entoavam gritos contra o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro. Nas janelas, pessoas balançavam bandeiras em apoio e, nas ruas, carros buzinavam e muitos batiam palma como incentivo.

Muitos manifestantes carregavam cartazes com frases em defesa da educação, alguns até fazendo críticas em paralelo com os recentes decretos presidenciais que facilitaram a compra de armas. “Em mãos que carregam livros não cabem armas”, dizia um deles.

Também houve quem lembrou de Paulo Freire, patrono da educação brasileira e figura muita criticada pelo governo Bolsonaro. A estudante do Ifes Ana Clara Gomes colou o nome do educador na camisa. “Não tem como falar de educação sem falar de Paulo Freire. E sendo ele uma figura que tanto incomoda o governo, então ele tem que ser lembrado”, afirmou a estudante.

Por volta das 20h, os manifestantes se encontraram em frente à Sedu. Pouco depois, o grupo dispersou. Os protestos fecharam as principais avenidas da Capital. Por volta das 19h, a Avenida Vitória ficou fechada no sentido Serra. Já a Reta da Penha também ficou interditada para quem tentava seguir para a Terceira Ponte.

Contra as armas

Manifestações em Vitória. (Fernando Madeira)

Estudante levou cartaz a favor da educação e com crítica aos decretos presidenciais que facilitaram o porte e a posse de armas para a população.

Indignação

 

Movimento 30 de Maio em frente ao IFES nesta quinta-feira (30). ( Marcelo Prest )

Descendente indígena e aluno do Ifes, Diwarian Pego diz que está indignado com o corte de verbas para a educação. Ele acredita na educação pública para todos.

Concentração

Concentração para ato de estudantes e professores contra o corte de verbas da educação federal. ( Fernando Madeira)

Na Ufes, os manifestantes se encontraram no entorno do Teatro Universitário. Na linha de frente,

a mensagem: “A universidade resiste”.

Previdência

Movimento 30 de Maio em frente ao IFES nesta quinta-feira (30). ( Marcelo Prest )

As professoras Ana Lúcia e Andréa Soneghete protestavam contra os cortes na educação e a reforma da Previdência.

A favor da federal

Lúcia Freire. (Patrícia Scalzer)

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Ex-aluna do Ifes e da Ufes, Lúcia Freire se preocupa com o contingenciamento. “Quero que outras gerações tenham oportunidade de estudar nesses locais.”

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