Estudantes e professores da Universidade do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) se reuniram em Vitória para protestar contra os cortes da educação pela segunda vez. Pais e sindicalistas também participaram. Como foi feito no dia 15 de maio, eles se reuniram em dois grupos que saíram de pontos diferentes da Capital. Além do bloqueio de verbas para a educação do governo federal, também havia manifestações contra a reforma da Previdência.
A estimativa da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi de que a manifestação em Vitória reuniu 4,5 mil pessoas.
No Estado, também foram registrados protestos em Itapina, em Colatina, e em Santa Teresa, onde alunos das unidades dos Ifes locais foram às ruas.
Caminhada
Na Capital, os manifestantes começaram a concentração a partir das 16h30 na Ufes e na praça de Jucutuquara, que fica próxima ao Ifes. Nos dois pontos, apesar da presença de sindicalistas, ativistas e professores das redes municipais, a maioria eram alunos e professores do instituto e da universidade.
Os dois grupos saíram em caminhada às 18h tendo a Secretaria de Estado de Educação (Sedu) como destino.
Saindo dos dois pontos, manifestantes entoavam gritos contra o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro. Nas janelas, pessoas balançavam bandeiras em apoio e, nas ruas, carros buzinavam e muitos batiam palma como incentivo.
Muitos manifestantes carregavam cartazes com frases em defesa da educação, alguns até fazendo críticas em paralelo com os recentes decretos presidenciais que facilitaram a compra de armas. Em mãos que carregam livros não cabem armas, dizia um deles.
Também houve quem lembrou de Paulo Freire, patrono da educação brasileira e figura muita criticada pelo governo Bolsonaro. A estudante do Ifes Ana Clara Gomes colou o nome do educador na camisa. Não tem como falar de educação sem falar de Paulo Freire. E sendo ele uma figura que tanto incomoda o governo, então ele tem que ser lembrado, afirmou a estudante.
Por volta das 20h, os manifestantes se encontraram em frente à Sedu. Pouco depois, o grupo dispersou. Os protestos fecharam as principais avenidas da Capital. Por volta das 19h, a Avenida Vitória ficou fechada no sentido Serra. Já a Reta da Penha também ficou interditada para quem tentava seguir para a Terceira Ponte.
Contra as armas
Estudante levou cartaz a favor da educação e com crítica aos decretos presidenciais que facilitaram o porte e a posse de armas para a população.
Indignação
Descendente indígena e aluno do Ifes, Diwarian Pego diz que está indignado com o corte de verbas para a educação. Ele acredita na educação pública para todos.
Concentração
Na Ufes, os manifestantes se encontraram no entorno do Teatro Universitário. Na linha de frente,
a mensagem: A universidade resiste.
Previdência
As professoras Ana Lúcia e Andréa Soneghete protestavam contra os cortes na educação e a reforma da Previdência.
A favor da federal
Ex-aluna do Ifes e da Ufes, Lúcia Freire se preocupa com o contingenciamento. Quero que outras gerações tenham oportunidade de estudar nesses locais.
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