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Terminal de Itaparica terá obras somente no segundo semestre

Terminal de Itaparica terá obras somente no segundo semestre

A informação foi confirmada pelo Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), que não precisou em qual mês as obras terão início e nem quando serão concluídas.

Publicado em 9 de maio de 2019 às 00:22

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Terminal de Itaparica terá obras somente no segundo semestre. ( Ricardo Medeiros )

Nove meses após ser interditado, o Terminal de Itaparica, em Vila Velha, só deverá passar por intervenções no segundo semestre. A informação foi confirmada pelo Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), que não precisou em qual mês as obras terão início e nem quando serão concluídas. Enquanto isso, quem passa pelo local vê um cenário de abandono. Já sem a cobertura, retirada após a interdição, o terminal tem vegetação alta e nenhum tipo de manutenção no que ainda resta da estrutura.

A unidade está interditada desde julho de 2018, quando um laudo divulgado pelo governo apontou que a cobertura corria risco de desabamento e que havia falhas no projeto e na execução. A demora na reforma e reinauguração do local afeta a rotina de quem utilizava o terminal diariamente, como a professora Francielli Siqueira, 31.

Terminal de Itaparica terá obras somente no segundo semestre

Moradora de Cariacica, ela trabalha em Morada da Barra, em Vila Velha. Após a interdição do terminal, as mudanças no trajeto deixaram a viagem duas horas mais demorada, tanto para ir quanto para voltar do emprego. "Eu tenho que ir para Vila Velha, pegar toda a Rodovia do Sol, depois pegar o ônibus no Terminal de Vila Velha e retornar para Morada da Barra. O que eu levava meia hora, agora levo duas horas e meia para chegar no serviço", disse.

Após a interdição do terminal, as mudanças no trajeto deixaram a viagem da professora Francielli Siqueira duas horas mais demorada. (José Carlos Schaeffer)

O longo período sem uma definição ou previsão concreta de reabertura do terminal revolta a professora, que desabafa. "Tudo que mexe com a questão de verba, dinheiro e organização a gente vê que fica cada vez mais complicado, porque é um empurrando para o outro. Dizem que não faz parte do mandato e vão empurrando com a barriga, até alguém decidir ter pena da gente e resolver alguma coisa".

Outra que também teve a rotina alterada é a recepcionista Gilzinete Reis Carvalho, 35. Ela mora em São Conrado, trabalha em Vitória, mas deixa os filhos com a mãe, que mora no bairro Araçás, bem próximo ao terminal. Depois da interdição, o trajeto ficou mais longo e até mais caro, já que em algumas situações, ela precisa pagar duas passagens.

“Antes, eu parava no terminal, minha mãe pegava eles e ia embora. Agora eu tenho que deixar eles aqui e depois ir até a rodovia para pegar o ônibus que me leva até o trabalho. As vezes eu pago até duas passagens quando não dá para meu esposo me trazer”, explica.

Depois da interdição, o trajeto ficou mais longo e até mais caro para a Gilzinete, já que em algumas situações, ela precisa pagar duas passagens. (José Carlos Schaeffer)

Cerca de 45 mil pessoas passavam pelo terminal de Itaparica por dia. Desde que ele foi interditado, as linhas de ônibus foram transferidas para as outras unidades do município, impactando principalmente o terminal de Vila Velha, que passou a ter mais filas e mais espera pelos coletivos.

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A reportagem solicitou ao governo do Estado uma entrevista para esclarecer o que falta para o início das obras, e quando o terminal poderia ser entregue à população. No entanto, o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), responsável pelas intervenções, respondeu por nota, dizendo que “o projeto do novo Terminal de Itaparica está em fase de análise e a previsão é de que as obras comecem no segundo semestre desse ano”.

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