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10% da frota do ES já tem placa do Mercosul e Vila Velha lidera

10% da frota do ES já tem placa do Mercosul e Vila Velha lidera

Os municípios com o maior número de veículos com a placa padrão Mercosul são Vila Velha (24.066), Serra (23.182) e Vitória (20.026)

Publicado em 18 de junho de 2019 às 22:09

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Mulher faz placa no modelo do padrão Mercosul. (Bernardo Coutinho)

Quase 10% dos automóveis registrados no Espírito Santo já estão rodando com a placa padrão Mercosul. São 187.199 emplacamentos com o novo modelo, de um total de 1.984.686 veículos que compõem a frota capixaba. De acordo com números divulgados pelo Detran-ES, os municípios com o maior número de veículos com a placa padrão Mercosul são Vila Velha (24.066), Serra (23.182) e Vitória (20.026).

Segundo o gerente operacional do Detran, Cleber Bongestab, os números estão dentro do esperado pelo órgão, que aderiu ao novo modelo de placas há sete meses - desde dezembro de 2018. "Satisfatório. Está dentro do que a gente esperava da substituição". Atualmente, 41 empresas estão credenciadas a estampar as novas placas em todo o Estado.

10 por cento da frota do ES já tem placa do Mercosul e Vila Velha lidera

O preço das placas varia de acordo com o mercado. Mas, de acordo com levantamento feito pelo Detran-ES no mês de março, o preço médio do novo modelo variava entre R$ 120 e R$ 180 reais.

Situações para mudança

Bongestab reforça a não obrigatoriedade da implantação do novo modelo de placa para quem ainda possui a placa cinza. Segundo ele, a placa nova do Mercosul deve ser colocada em situações específicas: como aquisição de veículo novo; mudança de proprietário; mudança de domicílio - havendo troca de município ou perda. Quem não se encaixa nelas, não é obrigado a comprar ou trocar o modelo.

"Todas as vezes que, no Espírito Santo, a pessoa precisar de uma nova placa, ela precisa migrar para a Mercosul", frisou.

Placa do Mercosul . (Divulgação/Rodrigo Nunes/Ministério das Cidades)

Melhor fiscalização 

O gerente também elenca os benefícios do uso da nova forma de identificar e fiscalizar os veículos.

"Segurança, em relação a possibilidade de fraude e rastreabilidade da placa. A clonagem desse veículo fica muito mais difícil. A fiscalização por parte das instituições policiais ficou muito mais beneficiada. Eu consigo saber, numa simples abordagem, se uma placa já foi clonada, ou baixada no sistema para fazer uma busca melhor no veículo. Coisa que a cinza não apresentava. Nela eu tinha lacre, eu não tinha origem de onde ela vinha. Se eu tivesse com um documento falso, por exemplo, ela passaria sem problema algum", disse.

No Brasil, além do Espírito Santo, apenas seis Estados também aderiram ao sistema de placas do Mercosul. O prazo para implantação no restante do país, previsto para o dia 30 de junho, foi adiado, já que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) está estudando mudanças na placa, que devem entrar em vigor até o fim do ano. Segundo o Ministério da Infraestrutura, as definições estão em ajustes finais e mais informações sobre o tema devem ser divulgadas até o fim da semana.

TUDO SOBRE PLACA

Domicílio

A placa Mercosul sofreu mudanças antes de chegar ao Brasil, o que gerou atraso na implantação. A princípio, ela teria os brasões do estado e município. No entanto, nesse modelo, seria necessário comprar uma placa toda vez que o veículo passasse por uma de transferência de domicílio, encarecendo o processo.

Dígitos

Quem tiver que trocar a placa não precisa se preocupar em ter que mudar totalmente a atual sequência de dígitos. Segundo o Detran/ES, os caracteres vão permanecer os mesmos, mudando apenas o segundo número da atual placa por uma letra correspondente: 0 – A; 1 – B, 2 – C, assim por diante, até 9 – J. Exemplo: “BRA 1234” ficará “BRA 1C 34”.

Placas Cinza

As placas cinzas não são mais produzidas no Estado. A partir de agora, em qualquer mudança necessária de placa, o proprietário terá que adquirir o novo modelo.

Preços

Em média, os pares custam entre R$ 180 e R$ 250.

Identificação

Na placa Mercosul, a identificação de carros especiais será pela cor dos dígitos, com o fundo sempre branco: preto (carro particular), cinza (veículos de coleção ou antigos), vermelho (comerciais), amarelo (diplomáticos), verde (protótipos de teste), e azul (carros oficiais).

Vizinhos

Os países podem adotar sequências diferentes entre Letras (L) e Números (N). Na Argentina, adotou-se o padrão “LL NNN LL”. O Uruguai adotou o padrão igual ao que era usado no Brasil “LLL NNNN”. O Brasil terá a sequência “LLL NL NN”, mas pode ser mudada, permitindo 180 milhões de combinações. Devido ao rodízio de veículos em São Paulo, no Brasil o último dígito será sempre um número. Segundo o Detran/ES, no Estado, serão adotados, inicialmente, as três primeiras letras entre QRB e QRM.

Segurança

Para evitar falsificações, a placa possui faixa holográfica na lateral, um QR Code e marca d’água sobre os dígitos. Além disso, terá o nome do país de origem e um emblema do Mercosul. Como não tem tarjeta de cidade e nem usa lacre, a tendência é que a nova placa faça as transferências ficarem mais baratas futuramente. No Brasil, as peças terão 40 x 13 cm de comprimento e altura, respectivamente, nos automóveis; e 20 x 17 cm, em motocicletas.

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