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Agerh emite alerta para estiagem em Santa Teresa e São Roque

Agerh emite alerta para estiagem em Santa Teresa e São Roque

A situação de alerta não é voltada para nenhum dos rios que abastecem a Grande Vitória ou outros municípios do interior do Estado

Publicado em 18 de junho de 2019 às 18:16

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O alerta foi publicado por meio de uma resolução da Agerh no Diário Oficial do Espírito Santo nesta terça-feira . (Arquivo/A GAZETA)

A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) publicou um alerta de estiagem para a região de São Roque do Canaã, no Noroeste do Espírito Santo, e Santa Teresa, na região Serrana. Segundo o órgão, o aviso se dá por conta da “expressiva redução das vazões esperadas”, considerando também o período do ano que é mais seco e um “quadro de prolongamento da estiagem.”

O alerta foi publicado por meio de uma resolução da Agerh no Diário Oficial do Espírito Santo (DIO) nesta terça-feira (18). A publicação é direcionada apenas aos dois municípios do interior do Estado, que são cortados pelo Rio Santa Maria do Doce, que deságua no Rio Doce, em Colatina.

A vazão considerada crítica do afluente é quando está abaixo de 1,06 metro cúbico por segundo. A atual do Santa Maria do Doce está perto disso, segundo o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert. “As medições que temos lá hoje mostram que a vazão está muito próxima a esse valor. Mas trabalhamos sempre com uma margem de segurança e há locais com necessidade de rodízio atualmente”, explicou, salientando que o alerta é preventivo.

Segundo a Agerh, a recomendação é que as companhias públicas e privadas e os serviços autônomos municipais de água e esgoto cumpram diversas ações, como incentivar a população a reduzir o consumo médio diário, agilizar as medidas que reduzam os índices de perdas de água e as reparações.

O alerta também visa recomendar as prefeituras dos municípios abrangidos pela escassez que invistam em ações objetivas para reduzir o desperdício de água de várias formas. “Inicialmente não estamos trabalhando com ações punitivas, mas sim de orientação. Se a situação se agravar, a Agerh pode estabelecer uma nova resolução com nível de restrição”, declarou.

ÓRGÃOS POLUIDORES

A resolução também é direcionada aos órgãos locais responsáveis pelo licenciamento de atividades poluidoras ou potencialmente poluidoras e degradadoras. Há a imposição de medidas como ampliação do uso racional e reúso, ampliação da captação da água da chuva, conservação de água e solo por meio de recomposição florestal, além de aplicação de mecanismos de desburocratização do licenciamento de atividades e intervenções emergenciais destinadas ao aumento da oferta hídrica e garantia de usos múltiplos dos recursos hídricos.

Por fim, a Agerh recomenda os empreendimentos ligados a atividades de irrigação localizados na área de abrangência de escassez hídrica apresentada a imediata adoção de medidas de reúso, reaproveitamento e reciclagem de água em suas unidades visando à redução do consumo.

RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA E RIO JUCU

A situação de alerta não é voltada para nenhum dos rios que abastecem a Grande Vitória ou outros municípios do interior do Estado. De acordo com a agência, a situação dos principais afluentes é monitorada, mas nenhum apresenta ainda situação considerada crítica.

Segundo o diretor da Agerh, atualmente, o Rio Santa Maria da Vitória está com vazão em 6,5 metros cúbicos por segundo, sendo que o nível crítico é de 2,8 metros cúbicos. Já o Rio Jucu está com vazão de 9 metros cúbicos por segundo, sendo que o nível crítico é de 6,25 metros cúbicos.

“Importante lembrar que o sistema da Grande Vitória tem uma inteligência de integração e também conta com a captação no Rio Reis Magos, na Serra, que dá um reforço, além da represa de Rio Bonito, utilizada para produção de energia. A água pode ser utilizada em momentos críticos”, explicou.

O QUE DIZ A CESAN

Devido à baixa vazão do rio Santa Maria do Doce, a Cesan precisou adotar o sistema de rodízio no abastecimento de água em São Roque do Canaã.

Nas datas pares são abastecidos os bairros Santa Luzia; São Bento; São Jacinto; Sítio Recreio; Vila Espanhola; Vila Verde e a Rua Gil Veloso, no Centro.

Nas datas ímpares são abastecidos os bairros Centro (exceto rua Gil Veloso), Cinco Casinhas, Nossa Senhora das Graças, São Roquinho e Vila Torezani.

Em Santa Teresa a Cesan abastece a sede do município com captações nos rios São Lourenço e São Pedro, o abastecimento está normal, mas exige atenção, pois com a falta de chuva na região a vazão dos rios está em queda.

Em Santa Teresa o abastecimento está normal. O distrito de São Roque do Canaã está em sistema de rodízio no abastecimento em função da falta de chuva.  O sistema de abastecimento foi divido em dois setores que recebem água a cada 30 horas, por um período de 18 horas.

Esse é um alerta para que o uso da água seja feito de forma responsável, consciente. O uso livre caracteriza-se como desperdício e isso faz com que a reserva natural não se mantenha e por consequência o processo de captação, tratamento e distribuição de água fique comprometido. É muito importante que as pessoas tanto no campo, quanto na cidade, façam uso racional da água, isso minimiza o impacto de quem tem dificuldade em armazenar e manter as suas condições mínimas de uso da água.

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