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Atualmente, 800 pessoas vivem em situação de rua na Grande Vitória

Atualmente, 800 pessoas vivem em situação de rua na Grande Vitória

Os números foram divulgados pelas prefeituras, que realizam diariamente o serviço de abordagem, oferecendo abrigo, cursos e alimentação. No entanto, ainda há uma resistência muito grande dessas pessoas, que muitas vezes, preferem continuar vivendo nas ruas

Publicado em 28 de junho de 2019 às 22:09

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Morador de rua dorme em banco próximo à Praia da Guarderia, em Vitória. (A Gazeta)

A Grande Vitória tem hoje aproximadamente 800 pessoas em situação de rua. Os motivos que levam uma pessoa a morar na rua são variados, como conflito familiar, desemprego, transtorno mental, uso de álcool e drogas e até mesmo por opção. Apesar das prefeituras realizarem diariamente o serviço de abordagem, oferecendo abrigo, cursos e alimentação, ainda há uma resistência muito grande dessas pessoas, que muitas vezes, preferem continuar vivendo nas ruas.

Atualmente, 800 pessoas vivem em situação de rua na Grande Vitória

Em Vila Velha atualmente são 170 pessoas vivendo em situação de rua. A secretária de Assistência Social, Ana Claudia Pereira Simões Lima, destaca que no período de verão esse número é maior.

A secretária explicou que o município conta com dois abrigos, um albergue, além do Centro Pop. É oferecido para esse morador de rua alimentação, atendimento psicológico, passagem para o local de origem, emissão de documento, tratamento para dependência química, além de outros serviços, mas mesmo assim, muitos recusam a ajuda. “Eles falam que preferem ficar nas ruas, pois nas ruas eles já recebem tudo que precisam, pois, ganham roupa, comida, colchão, cobertor e ainda vivem sem regras, ou com as regras deles”, contou.

Outro fator determinante para que essa pessoas recusem ajuda é o vício, já que nos abrigos é proibido o uso de bebidas alcoólicas e drogas. “Em abril, 91% das pessoas que passaram pelos nossos serviços tinham envolvimento com álcool e drogas”, afirmou.

Morador de rua. (Fernando Madeira/Arquivo)

Em Vitória a situação não é diferente. O município também oferece um leque de opções para que a pessoa saia da situação de rua, mas nem sempre a ajuda é bem-vinda. Cerca de 280 pessoas estão nesta situação atualmente. A subsecretária de Proteção Social Especial de Vitória, Anabel Araújo Gomes Pereira, afirma que o trabalho de abordagem é feito várias vezes com a mesma pessoa, até que ela aceite ser ajudada.

“O trabalho precisa ser feito diariamente, até essa pessoa aceitar os encaminhamentos. Não podemos tirar ninguém à força da rua. O trabalho da abordagem é de oferta de serviços através do convencimento para que essa pessoa mude de vida e tenha outras oportunidades”.

Em Cariacica são 202 pessoas em situação de rua. A coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do município, Valquíria Santos, explicou que a cidade tem um abrigo, em Campo Grande, para acomodar a pessoa em situação de rua que aceita ajuda. Ela ressalta que vários motivos levam uma pessoa a viver nessa situação. “São várias questões, como conflito familiar, desemprego, pessoas de outros estados em busca de emprego e alguma são por opção mesmo”.

Na Serra, a estimativa da prefeitura é que a população em situação de rua no município seja de 150 pessoas. Mas o número é variável, uma vez que esse público é migratório.

SÃO PAULO

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Da mesma forma que muitas pessoas em situação de rua na Grande Vitória são de outros estados, há também capixabas morando nas ruas das grandes cidades. Reportagem da Folha de São Paulo apontou que na capital paulista atualmente há 202 moradores de rua que são do Espírito Santo.

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