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Aumenta número de casos de AVC entre jovens e adolescentes

Aumenta número de casos de AVC entre jovens e adolescentes

Médicos afirmam que mais pacientes jovens procuram especialistas com sintomas de AVC do que há 15 anos, por exemplo

Publicado em 26 de junho de 2019 às 22:25

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A morte da adolescente Maria Júlia Calmon, de 15 anos, que morreu após ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC) acendeu uma preocupação sobre o problema estar aparecendo em pessoas jovens, na faixa dos 14 aos 39 anos, por exemplo. A doença, que é mais comum em pacientes com mais de 60 anos, está acometendo pessoas com cada vez menos idade. Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2015 e 2017, 27 mil pessoas entre 14 e 39 anos tiveram AVC.

Para o cardiologista Fabiano Ribeiro, esse número é alto, levando em consideração a faixa etária. Desse total, ainda segundo informações do Ministério da Saúde, 3 mil morreram. "Esse número acende um sinal amarelo, um alerta para que possamos rastrear e acompanhar os casos nessa faixa etária", afirma.

Ele afirma ainda, que, de 15 anos pra cá, viu aumentar o número de pacientes muito jovens que apresentam AVC. O mesmo acontece com a cardiologista Patrícia Abaurre. Ela descreve que hoje os jovens estão apresentando um quadro que era mais comum de ser ver em pessoas com mais de 50 anos.

"O que a gente vê é que os jovens estão usando mais drogas, anabolizantes, bebidas alcoólicas, apresentam mais sedentarismo, o que são causas mais comuns do AVC isquêmico", descreve.

Vale explicar que existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é mais comum e compreende cerca de 80% dos casos. Ele acontece quando há entupimento de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia).

Já o hemorrágico tem uma incidência de 15% e ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia.

PREVENÇÃO

Para o coordenador da Unidade de AVC e do Serviço de Neurologia Vascular do Hospital Estadual Central (HEC), o neurologista José Antônio Fiorot Junior, o fato de mais pessoas terem AVC antes dos 60 anos de idade está relacionado aos hábitos de vida dos pacientes.

"Existem pessoas que estão fumando e bebendo mais cedo, não fazem atividade física e têm colesterol alto desde cedo. Esse fatores estão associados ao AVC", afirma o especialista.

Por isso, ter hábitos saudáveis ainda é a melhor forma de prevenir um Acidente Vascular Cerebral. Manter uma rotina de exercícios e alimentação saudável, além de evitar cigarro, bebidas alcoólicas e outras drogas são algumas orientação do Ministério da Saúde.

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Mas há casos onde o AVC está no histórico familiar, por isso, pode ser passado de forma hereditária. Neste cenário, é necessário buscar um especialista. "Se o paciente teve caso de AVC na família, vale procurar um neurologista para uma conversa, uma avaliação", finaliza Fiorot.

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