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Capixabas cantam música de Roberto Carlos e ganham prêmio na Itália

Capixabas cantam música de Roberto Carlos e ganham prêmio na Itália

O pianista e maestro Max Carvalho acompanhou Rafael Simas à Itália e, juntos, conquistaram o segundo lugar no Al Chorus Inside - concurso internacional de música

Publicado em 28 de junho de 2019 às 23:20

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Roberto Carlos não ostenta fama de rei à toa: direto da Itália, Rafael Simas, de 37 anos, e Max Carvalho, de 35 anos, se apresentaram com "Como é Grande o Meu Amor por Você" e viveram muitas emoções ao conquistarem o segundo lugar no "Al Chorus Inside", competição de música internacional que em 2019 aconteceu na Itália. Eles estiveram na Europa no início do mês passado e, de volta ao Espírito Santo, já colhem frutos do título. 

Mas não é sempre que Rafael dá o ar da graça com solfejos por ai, ao contrário de Max, que é maestro e pianista. Rafael usa a voz diariamente para conversar com os clientes, em loja de móveis e eletrodomésticos de Campo Grande, em Cariacica, onde trabalha. Mas quando ele resolveu se aventurar na música, com uns 7 anos de idade, foi amadurecendo cada vez mais a ideia de apostar as fichas nos solfejos de músicas populares e clássicas. Nesta edição, os capixabas foram os únicos representantes da América Latina na competição.

“Quando minha mãe me escutou cantar pela primeira vez disse que eu era desafinado. E começou a treinar comigo em um quarto que tinha na nossa casa que fazia muito eco. Ela cantava e acho que foi dali que começou toda a minha movimentação com a música”, diz Rafael, que completa: “Na Itália, a experiência foi única. Eu e o Max tocamos juntos há cerca de 10 anos, quando nos conhecemos, e nosso sonho era conhecer o Panteão, na Itália. Não só conhecemos como nos apresentamos lá”.

Os músicos de Cariacica, Max Coutinho Carvalho, (de preto) e Rafael Simas do Nascimento, foram premiados no Concurso Internacional Chorus Inside Summer, na Itáilia. (Fernando Madeira)

O gestor de relacionamento destaca que a experiência foi muito engrandecedora e que, nos seis dias de festival em que participaram e foram colocados à prova, tiveram a oportunidade de lidar com várias pessoas de muitos países e trocaram conhecimentos valiosos. Mesmo ansiosos com o show que iriam fazer, escolheram uma música de Roberto Carlos, “Como é Grande o Meu Amor por Você”, e “Con Te Partirò”, tradicional composição italiana, para se apresentarem para os jurados. “E todos gostaram bastante”, garantem.

Tanto gostaram que lhes deram o segundo lugar do concurso. “O primeiro e terceiro lugares foram conquistados por italianos e só nós estávamos representando a América Latina. Fomos sem muita intenção, mas as coisas foram acontecendo e foi tudo surreal. Não temos nem palavras”, completa Max.

À BRASILEIRA

Apesar de ser um concurso internacional, que nesta edição foi sediado em um teatro da Itália, “Al Chorus Inside” aceita canções populares, clássicas e em qualquer língua. Os capixabas buscaram, nas escolhas, cantar um pouco da cultura brasileira, mas também mesclá-la à riqueza das composições tradicionais dos grandes compositores europeus.

“No primeiro dia que chegamos lá, ficamos sabendo que íamos abrir o pré-festival. Uma espécie de evento de abertura. Cantamos ‘Trem das Onze’ e ‘Hallelujah’ e soubemos que estávamos indo pelo caminho certo. O público adorou e todo mundo cantou o refrão de ‘Hallelujah’ com a gente. A sensação foi espetacular”, conta o maestro, que coordena uma escola de música em Cariacica e outros oito corais pelo Espírito Santo.

Rafael e Max exibem as medalhas adquiridas na Itália. (Fernando Madeira)

“Depois que fomos premiados, também nos convidaram para cantar e tocar em uma apresentação pós-premiação, onde só os vencedores iriam participar. E a apresentação foi no Panteão. A sensação de ouvir milhares de pessoas cantando com você o refrão de uma música tão linda foi indescritível”, conclui Max.

DÉCADA DE PARCERIA

Os dois estão há cerca de 10 anos se apresentando juntos. Nesse meio tempo, passaram a tocar em casamentos e festas das mais variadas pela Grande Vitória afora. Agora, a partir de tocarem projetos pessoais, querem engrenar na participação de ao menos mais um festival internacional, em 2020, e continuar com os shows para eventos particulares.

“Estamos pensando em ir à Rússia ou Ucrânia. Vamos nos virando com o inglês, italiano, mas o importante é a gente levar nossa música para a maior quantidade de gente possível”, reitera o maestro.

Rafael e Max se conheceram no Santuário do Bom Pastor, em Cariacica, depois de o maestro vir morar na cidade após se casar. “Morava em Guarapari e o Rafael já morava aqui, com a família. Comecei a frequentar a igreja da minha esposa e vi o Rafael cantar. Tivemos oportunidade e a nossa afinidade foi muito grande, por isso decidimos continuar”, fala. O cantor confirma: “Não tinha como não continuar cantando. Nós nos demos muito bem nesse duo”.

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À Itália, os dois foram acompanhados da família – como deve ser no ano que vem, quando devem ir para o segundo concurso internacional. Max levou a esposa e Rafael, o companheiro, mas os dois não abriram mão dos amigos por lá: “No pior dos casos, eles iriam aplaudir”, conta o cantor, às gargalhadas.

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