Os protestos contra a reforma da Previdência causaram um prejuízo de R$ 10 milhões para o comércio da Grande Vitória, de acordo estimativa com a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio). Apesar das lojas terem ficado com as portas abertas durante o dia, nesta sexta-feira (14), a Fecomércio afirma que muitos clientes deixaram de sair para as compras por causa da redução da frota de ônibus e pelas manifestações e bloqueios de vias.
O empresário Antônio Carlos Uneda, que tem uma loja de aviamentos, contou que nesta sexta o movimento caiu 50%. Ele disse que os funcionários conseguiram chegar ao serviço, mas os clientes não apareceram. Para o comércio é péssimo e para a economia de um modo geral é muito ruim, contou.
O comerciante Vanderly Romanha também teve prejuízos em sua lanchonete. Ele contou que esse tipo de manifestação prejudica a economia do país. É complicado, todo mundo reclama. Nós precisamos das pessoas nas ruas, se não, não tem movimento, disse.
O presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri, explicou que além da falta de clientes nas lojas, muitos funcionários chegaram atrasados no serviço. Segundo ele, o
nesta sexta cerca de R$ 10 milhões. A paralisação, mesmo sendo branda, afetou sensivelmente as vendas. Praticamente o comércio parou, analisou.
Sepulcri destacou que paralisações desse tipo, com redução da frota de ônibus e vias interditadas geram prejuízos em cadeia. O empresário perde porque deixou de vender, a população perde porque tinha a necessidade de comprar e não comprou. O governo também perde porque se não houve faturamento não existe tributação, explicou.
Segundo o presidente da Fecomércio, maio foi um mês muito ruim para o comércio, com as vendas abaixo das expectativas. Ele explicou que dificilmente o comércio vai conseguir recuperar neste mês o prejuízo desta sexta-feira.
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