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Famílias pedem indenização de R$ 1 milhão após mortes na BR 101

Famílias pedem indenização de R$ 1 milhão após mortes na BR 101

Caminhoneiro causou quatro mortes por dirigir enquanto usava WhatsApp na BR 101 em outubro de 2017

Publicado em 28 de junho de 2019 às 22:24

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Acidente envolvendo veículos na BR 101, em Viana. A tragédia envolveu nove veículos, sete incendiados e quatro mortos. A imprudência do motorista Wesley Montovanelli, 45 anos, foi apontada como causa da colisão. (Marcelo Prest)

Duas famílias que perderam parentes no acidente causado pelo motorista Wesley Montovanelli em outubro de 2017, pedem indenizações que até ultrapassam R$ 1 milhão pelos danos causados pela tragédia. O homem foi apontado como culpado por uma batida que aconteceu na BR 101, em Viana, e, de lá para cá, só ficou 11 dias preso. Ele conseguiu um habeas corpus dez dias após o acidente e está solto desde então.

O motorista Wesley Montovanelli, apontado como autor de uma batida que matou pessoas carbonizadas em 2017 na BR 101, em Viana. (Carlos Alberto Silva)

O processo sobre o caso corre na 1ª Vara Criminal de Viana. A última audiência ocorreu no dia 13 deste mês. Em despacho, o juiz concedeu tempo para alegações finais e, a partir de então, poderá dar a sentença. A família de um dos mortos no acidente, um técnico de informática que tinha 34 anos, pede mais de R$ 1 milhão em danos morais e materiais.

A batida entre nove veículos resultou na morte de quatro pessoas, todas carbonizadas. Duas pessoas saíram ilesas e cinco foram socorridas com ferimentos e levadas para hospitais. A suspeita da Polícia Civil (PC) era de que o motorista da carreta que provocou a colisão em Viana estivesse ao celular e, por isso, não tivesse visto que havia um engarrafamento.

“Ele saiu da prisão antes de eu deixar a UTI de queimados”, afirmou o major Anderson Simas de Oliveira, cerca de um ano depois do acidente. O militar ficou gravemente ferido por conta das queimaduras.

No curso do processo, a Justiça autorizou a apreensão do celular de Montovanelli assim como a quebra do sigilo telefônico dele, inclusive dos dados extraídos do aparelho.

Segundo ele, o motorista não provocou um acidente, e sim um crime. “Ele escolheu aquele comportamento e, a partir dele, quatro pessoas tiveram uma morte horrível”, ressaltou.

INDENIZAÇÃO

Enquanto as famílias dos mortos no acidente e os feridos, muitos deles graves, aguardam uma punição para o motorista, também correm na Justiça pedidos de indenização. A família de um dos mortos no acidente, um técnico de informática que tinha 34 anos, pede mais de R$ 1 milhão em danos morais e materiais.

A viúva e o filho da vítima conseguiram até o momento que o motorista do caminhão e a empresa que o empregava fossem condenados liminarmente a pagar um tipo de pensão à família enquanto o mérito não é julgado.

Segundo a decisão, de março do ano passado, “os autores ficaram financeiramente desamparados após a morte de seu esposo e pai, respectivamente, com desfalque na renda salarial familiar, necessário o arbitramento de alimentos provisórios.”

Também buscam compensação financeira os pais e a irmã da mesma vítima. O valor da causa é similar, cerca de R$ 1 milhão. O processo corre desde março do ano passado. A família chegou a pedir indisponibilidade de bens de Montovanelli e da empresa, que foi negado.

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Em um terceiro processo, um motorista de aplicativo que ficou ferido no acidente pede indenização de cerca de R$ 60 mil. A passageira que ele carregava, uma professora de 65 anos, morreu no acidente. O processo ainda está em aberto.

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