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Motorista diz que foi ameaçado com faca por advogado antes de sumiço

Motorista diz que foi ameaçado com faca por advogado antes de sumiço

O motorista diz que foi ameaçado por Henrique Toscano com uma faca e obrigado a parar o carro na Terceira Ponte para que o advogado descesse. A Rodosol, no entanto, informou que não há imagens que comprovem o fato

Publicado em 15 de junho de 2019 às 20:47

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Henrique Toscano Campo Dall'orto teve contato com a família, pela última vez, no dia 4 deste mês. (Arquivo da família)

O motorista de aplicativo que teria sido a última pessoa a ver o advogado Henrique Toscano Campo Dall’orto, de 35 anos, alega que foi ameaçado pelo passageiro e que o deixou no vão central da Terceira Ponte, por volta das 18h20 do último dia 4. Este foi o último dia em que o advogado, que mora sozinho em Jardim da Penha, Vitória, teve contato com a família.

As informações foram confirmadas para a polícia, em depoimento prestado pelo motorista que a procurou na tarde de ontem a 2ª Delegacia Regional de Vila Velha para falar sobre o paradeiro do advogado. Ele assinalou ainda que no mesmo dia 4, acionou a PM e fez um boletim de ocorrência após ter sido ameaçado por Henrique durante uma corrida.

A família do advogado também esteve no local. Familiares e o motorista foram orientados a prestarem depoimento formalmente na Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD), no bairro Barro Vermelho, em Vitória.

De acordo com policiais civis, o motorista de aplicativo foi ouvido formalmente pela polícia e saiu do local antes das 17 horas. A suspeita é de que o motorista teria sido ameaçado com uma faca pelo advogado em cima da Terceira Ponte, que o obrigou a abrir a porta do veículo para o advogado descer.

Por sua vez, a Rodosol, concessionária que administra a Terceira Ponte, informou, por nota, que na terça-feira (4), recebeu solicitação do Ciodes sobre imagens que constatassem que o advogado teria descido do carro em algum ponto da Terceira Ponte, mas que as averiguações não confirmaram nada semelhante no período.

"A RodoSol informa que, no dia 4 de junho, recebeu, via Ciodes, a informação de um suposto suicídio, mas nem as imagens das câmeras de monitoramento e nem as averiguações feitas pelos órgãos competentes e pela equipe de inspeção no momento da denúncia comprovam a ocorrência, não sendo possível a confirmação".

MÃE DESABAFA

A longa espera tem deixado a família em desespero. “Estamos muito preocupados porque não temos nenhuma pista e isso está me deixando maluca”, relatou Maria da Penha Toscano, mãe do advogado desaparecido.

A mãe do advogado relatou que chegou a ir ao apartamento do filho, em Jardim da Penha, em Vitória, onde ele mora sozinho, para buscar alguma nova pista sobre o que pode ter acontecido e disse que tudo parecia normal.

Contou ainda que nenhuma roupa foi levada por ele e a família continua buscando imagens de câmeras de segurança do condomínio para confirmar detalhes sobre a saída de Henrique que foi visto pela última vez entrando em um carro. Até a noite de ontem a família continuava sem informações sobre o paradeiro.

A Polícia Civil informa que as investigações do fato iniciaram nesta sexta-feira (14) por meio da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD). Diligências estão sendo realizadas, mas a vítima ainda não foi encontrada. 

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