O motorista de aplicativo que teria sido a última pessoa a ver o advogado Henrique Toscano Campo Dallorto, de 35 anos, alega que foi ameaçado pelo passageiro e que o deixou no vão central da Terceira Ponte, por volta das 18h20 do último dia 4. Este foi o último dia em que o advogado, que mora sozinho em Jardim da Penha, Vitória, teve contato com a família.
As informações foram confirmadas para a polícia, em depoimento prestado pelo motorista que a procurou na tarde de ontem a 2ª Delegacia Regional de Vila Velha para falar sobre o paradeiro do advogado. Ele assinalou ainda que no mesmo dia 4, acionou a PM e fez um boletim de ocorrência após ter sido ameaçado por Henrique durante uma corrida.
A família do advogado também esteve no local. Familiares e o motorista foram orientados a prestarem depoimento formalmente na Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD), no bairro Barro Vermelho, em Vitória.
De acordo com policiais civis, o motorista de aplicativo foi ouvido formalmente pela polícia e saiu do local antes das 17 horas. A suspeita é de que o motorista teria sido ameaçado com uma faca pelo advogado em cima da Terceira Ponte, que o obrigou a abrir a porta do veículo para o advogado descer.
Por sua vez, a Rodosol, concessionária que administra a Terceira Ponte, informou, por nota, que na terça-feira (4), recebeu solicitação do Ciodes sobre imagens que constatassem que o advogado teria descido do carro em algum ponto da Terceira Ponte, mas que as averiguações não confirmaram nada semelhante no período.
"A RodoSol informa que, no dia 4 de junho, recebeu, via Ciodes, a informação de um suposto suicídio, mas nem as imagens das câmeras de monitoramento e nem as averiguações feitas pelos órgãos competentes e pela equipe de inspeção no momento da denúncia comprovam a ocorrência, não sendo possível a confirmação".
MÃE DESABAFA
A longa espera tem deixado a família em desespero. Estamos muito preocupados porque não temos nenhuma pista e isso está me deixando maluca, relatou Maria da Penha Toscano, mãe do advogado desaparecido.
A mãe do advogado relatou que chegou a ir ao apartamento do filho, em Jardim da Penha, em Vitória, onde ele mora sozinho, para buscar alguma nova pista sobre o que pode ter acontecido e disse que tudo parecia normal.
Contou ainda que nenhuma roupa foi levada por ele e a família continua buscando imagens de câmeras de segurança do condomínio para confirmar detalhes sobre a saída de Henrique que foi visto pela última vez entrando em um carro. Até a noite de ontem a família continuava sem informações sobre o paradeiro.
A Polícia Civil informa que as investigações do fato iniciaram nesta sexta-feira (14) por meio da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD). Diligências estão sendo realizadas, mas a vítima ainda não foi encontrada.
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