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Polícia identifica criminosos que incendiaram casas na Piedade

Polícia identifica criminosos que incendiaram casas na Piedade

Delegado titular da Divisão Especializada em Narcóticos afirmou que pelo menos sete dos 20 criminosos que promoveram o ataque atuam na região do bairro da Penha, em Vitória

Publicado em 21 de junho de 2019 às 12:29

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Alan Rosário de Oliveira e Rafael Batista Lemos foram apontados por testemunhas como alguns dos criminosos que incendiaram casas na Piedade. (Reprodução)

A Polícia Civil afirma ter identificado pelo menos sete pessoas de um grupo de aproximadamente 20 criminosos que atacaram o morro da Piedade e incendiaram duas casas, na noite de quarta-feira (19). Dois desses homens são velhos conhecidos dos moradores da Piedade, foram reconhecidos por testemunhas e já participaram de outros ataques na região. Ninguém foi preso até o momento.

Os dois homens reconhecidos por testemunha foram Rafael Batista Lemos (foto), conhecido como “Boladão”, e Alan Rosário de Oliveira (foto), apelidado de “Gordinho”. Eles já são procurados pela polícia por terem participado, por exemplo, do ataque à Piedade que resultou na morte dos irmãos Ruan e Damião Reis, assassinados em março do ano passado.

Polícia identifica criminosos que incendiaram casas na Piedade

A polícia informou que não divulgará por enquanto os nomes dos outros cinco homens já identificados, para não atrapalhar nas investigações. O grupo tem forte atuação na região do Bairro da Penha e tenta dominar o tráfico de drogas em bairros rivais.

RIVALIDADE COM A FAMÍLIA FERREIRA DIAS

Ainda de acordo com testemunhas, Alan Rosário de Oliveira foi o homem responsável por entregar uma bala de fuzil calibre 5,56 mm para Marly Ferreira Bispo, dona de uma das casas incendiadas. Ela é mãe de João Ferreira Dias, apontado por investigadores como o chefe do tráfico na região da Piedade, mas que está preso desde julho de 2018. A entrega da bala foi uma tentativa de intimidar a família do traficante rival.

O delegado Fabrício Dutra, Titular da Divisão Especializada em Narcóticos, explicou que a invasão ocorrida na quarta-feira (19) faz parte de um histórico de confrontos que tem a família Ferreira Dias como protagonista.

Investigações apontaram que a família se mudou para Piedade, assumiu o controle do tráfico na região e expulsou diversos moradores do local. Traficantes que foram expulsos se aliaram com bandidos que atuam no Bairro da Penha e estão tentando voltar para a comunidade.

Rafael Batista Lemos e Alan Rosário de Oliveira, que participaram do último ataque, são alguns dos traficantes que moravam na região da Piedade e foram expulsos pela família Ferreira Dias.

"A história é bem clara, a polícia sabe. Eles (os Ferreira Dias) não são da comunidade. Eles entraram, bateram em moradores e os agrediram. Eles agiram de violência contra os moradores, uma outra quadrilha veio para tirá-los. Toda vez que esses elementos estão no morro, a comunidade sofre esse tipo de crime", disse o delegado.

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Os sete homens identificados estão sendo procurados pela polícia, assim como os demais envolvidos no episódio da ultima quarta-feira (19). Após as prisões, poderão responder pelos crimes de formação de quadrilha, associação ao tráfico de drogas e porte de arma de uso restrito.

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